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Os operários que trabalhavam nas obras do shopping Boulevard conseguiram receber os valores da rescisão contratual após terem sido dispensados do trabalho, próximo ao dia 25 de agosto. O pagamento ocorreu nesta sexta-feira (2), mas eles enfretaram dificuldades para deixar o hotel em que estavam hospedados desde que foram demitidos do trabalho.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Londrina (Sintracom), Luiz Afonso de Melo, contou neste sábado (3) que os operários já estavam há dois dias sem trocar de roupas. É porque os responsáveis pelo hotel estavam sem receber as diárias e resolveram apreender as malas dos ex-funcionários da construção.

O trancamento dos pertences dos trabalhadores ocorreu justamente após um protesto realizado na última quarta-feira (31). Com a negativa do recebimento dos valores na data, os operários foram ao canteiro de obras e tentaram impedir que outros funcionários do local desse continuidade aos serviços. Eles tentaram impedir a entrada de um caminhão de concreto e a Polícia Militar (PM) foi acionada.

Após receberem as verbas rescisórias, a promessa de um dos responsáveis pela empresa que toca o empreendimento era de realizar o pagamento total das diárias e encaminhar os operários para uma pousada da cidade, para que pudessem logo no início da manhã deste sábado retornarem para sua cidade de origem. A maioria dos ex-funcionários era oriunda de outras cidades e até mesmo de outros estados. Alguns vieram da região Nordeste somente para trabalhar nas obras em Londrina.

“Não recebi nenhuma reclamação até agora. Pelo o que me parece, ocorreu tudo bem”, comentou o diretor do Sintracom por volta das 10h50 de sábado. 

De acordo com ele, a empresa só não aceitou pagar multa por atraso do pagamento das verbas recisórias. “O artigo 477 diz que quando passa do dia do dia previsto para rescisão, a empresa tem que fazer o pagamento de uma multa de um a três salários de acordo com a profissão do trabalhador. Mas a empresa considerou que não houve atraso, pois os trabalhadores tinham contrato de 45 dias e a empresa pagou por 32 dias de acerto, fizeram o acordo por quebra de contrao e todos aceitaram a condição”, disse. Ele contou que a média recebida foi de aproximadamente R$ 1.800.