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Para garantir o quadro de trabalhadores nas montadoras nacionais, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu ontem o aumento do Imposto de Impor­tação para veículos estrangeiros. “Como tivemos um crescimento das importações muito grande, tem de subir o imposto e, se for o caso, baixar o Imposto sobre Pro­dutos Indus­trializados [IPI, cobrado dos carros nacionais]”, ar­­gu­­mentou.

Na avaliação de Lupi, é preciso pensar “com cuidado” nos dois casos, mas ele deixou claro que a pasta responsável por examinar a situação é a Fazenda. “Temos de olhar com mais atenção o setor automotivo”, afirmou. “O governo tem de analisar com carinho a redução de IPI, pois não temos capacidade de concorrer em condições iguais com o mercado internacional”, argumentou.

Dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) parecem confirmar as preocupações do ministro. A importação de carros de marcas que não têm fábrica no Brasil mais que dobrou – alta de 112,4% – no acumulado do ano até agosto, na comparação com o mesmo período de 2010, atingindo 129.281 unidades. Essa quantidade representa 24,5% do total de veículos importados no período.

Considerando apenas agosto (20.420), houve alta de 11,3% em relação a julho e de 104,1% no confronto com o mesmo mês do ano passado. “Depois de dois meses consecutivos de queda, conseguimos reagir um pouco. No último quadrimestre, porém, projetamos quedas mensais em nossas vendas por causa da própria retração do mercado, falta de produtos e da variação cambial”, afirma José Luiz Gandini, presidente da Abeiva. Uma pesquisa da Abeiva aponta que as 27 marcas filiadas – como Audi, BMW, Chery, Ferrari, JAC, Kia e Porsche – devem encerrar o ano com 1.092 concessionárias no país.