As oscilações pontuais registradas por institutos mostraram apenas o efeito momentâneo de um ou outro episódio
Considerado o cenário com os candidatos nanicos, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) mantêm-se empatados na média das pesquisas eleitorais. Isso vem acontecendo desde maio.
A pequena diferença em favor da petista tem se mostrado consistente, mas não supera a margem de erro das pesquisas, o que caracteriza empate técnico. Hoje a distância, na média, é inferior a 2 pontos porcentuais.
Num quadro em que os institutos apontam resultados tão diferentes entre si, como foi o caso das mais recentes pesquisas Vox Populi e Datafolha, é sempre útil colocar os dados em perspectiva e procurar um meio termo.
As linhas de cada candidato apresentadas no gráfico são uma representação da média móvel das três últimas pesquisas divulgadas. A cada nova rodada, entram os números da pesquisa mais recente e saem os da mais antiga. Como se pode observar, as linhas de Serra e Dilma correm paralelas há pelo menos dois meses. Estão separadas por uma distância que variou de 1,7 ponto em favor de Serra até 3,7 pontos em favor de Dilma.
Como em nenhum momento essa diferença superou 4 pontos porcentuais, eles sempre estiveram tecnicamente empatados (a margem de erro é de 2 pontos para cada candidato, logo, deve ser somada).
As oscilações pontuais registradas pelos institutos ao longo dos últimos dois meses mostraram apenas o efeito momentâneo e limitado de um ou outro episódio de campanha, como a propaganda de Serra na TV ou um discurso de Lula em favor de Dilma. Não apontaram uma mudança de tendência.
A história da corrida presidencial até agora pode ser resumida assim: uma candidata empurrada por um presidente popular empatou com um candidato muito conhecido e de oposição.