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As assembleias que iriam definir se os trabalhadores da Petrobras paralisariam as atividades foram suspensas no Paraná ontem. Segundo o Sin­dicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindi­petro PR/SC), a empresa estaria coagindo funcionários no estado para que eles não participassem das mobilizações e da greve. No Pa­­raná, as assembleias ocorreriam entre hoje e amanhã, organizadas pelo Sindi­petro PR/SC. Os sindicatos que compõem a base da Federação Única dos Petroleiros (FUP) têm até segunda-feira para aprovar ou rejeitar a contraproposta da Petro­bras, pois na terça-feira está marcada a reunião que vai decidir se os trabalhadores entrarão em greve por tempo indeterminado.

O Sindipetro PR/SC suspendeu as assembleias, alegando, entre outras razões, que a “decisão é motivada pela truculência da Petrobrás ao realizar vistorias ofensivas nos ônibus de turno na Repar [Refinaria Getulio Vargas, em Araucária]; ao impedir o acesso dos dirigentes sindicais das bases do Paraná e Santa Catarina às unidades e às reuniões das Cipas; ao assediar trabalhadores para que não participem das mobilizações e da greve”.

A orientação da FUP é que os sindicatos rejeitem a proposta, porque ela não apresenta, se­­gundo a entidade, avanços concretos na área de segurança de trabalho. “Nós pedimos a participação do sindicato na análise dos acidentes, porque acreditamos que há muitas subnotificações”, salienta o presidente do Sindipetro PR/SC, Silvaney Ber­nardi. Em 2011, de acordo com Bernardi, 16 trabalhadores morreram em acidentes de trabalho na Petrobras em todo o país – no Paraná não foi registrada nenhuma morte.

A Petrobras havia oferecido um aumento salarial de 7,23% (com base na inflação), mas os trabalhadores reivindicavam 10% de ganho real. A última proposta da empresa, que está sendo avaliada pelos sindicatos, oferece aumento de 10,71% (com a soma da inflação e ganho real), abono de 100% de remuneração bruta ou o piso de R$ 6 mil. Em nota, a Petrobras não comentou as denúncias dos petroleiros, afirmou que “as mobilizações das entidades sindicais não afetam nem a produção nem as operações da empresa” e disse aguardar uma “manifestação favorável” dos empregados em relação à proposta feita.