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Médicos realizaram, nesta quinta-feira (7), paralisação nacional do atendimento aos planos de saúde, em protesto contra o reajuste da remuneração dos médicos, e alerta a sociedade sobre as graves consequências da ingerência das operadoras na decisão dos especialistas.

Durante o dia de hoje, a categoria não fez consultas particulares nem procedimentos eletivos, somente atendimento de urgência e emergência.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do estado de São Paulo e da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, a adesão é de 80% da categoria e a paralisação é de 24 horas.

Segundo Carvalhaes, se os planos de saúde não reajustarem os honorários médicos, esses profissionais podem deixar de atender pelas operadoras. Ainda hoje, ele se reunirá com o comando nacional de mobilização, em Brasília, para definir os rumos da categoria.

“Vamos prosseguir no caminho do diálogo junto às operadoras de plano e a Agência Nacional de Saúde, mas a possibilidade de descredenciamento em massa existe”, afirma o Cid Carvalhaes.

São Paulo
Em São Paulo, o ato reuniu mais de 500 profissionais que percorreram as ruas do Centro da Capital encerrando o ato na Praça da Sé. Durante todo o trajeto, os manifestantes receberam o apoio de populares. Representantes de órgãos de defesa do consumidor, associações de usuários de planos de saúde, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e de outros profissionais de saúde estiveram no ato para levar apoio às reivindicações dos médicos.

Brasília
Segundo Gutemberg Sialho, presidente do Sindimédico do Distrito Federal, a adesão na Capital Federal é de 100%. O cardiologista João Batista, médico há 40 anos, que tem um consultório no Centro Clínico Sul no Plano Piloto, só atende clientes particulares e mesmo assim cruzou os braços. “Vamos parar tudo. Em respeito aos pacientes, bloqueei minha agenda só para aderir ao movimento”, disse.

Bahia
Débora Angeli, coordenadora da Comissão Estadual de Honorários Médicos, informou que a adesão da categoria na Bahia está entre 85% e 90%. No Instituto Cárdio Pulmonar, em Salvador, apenas quatro médicos fazem atendimento a pacientes que se dispõem a pagar por consulta particular nesta manhã. De acordo com o coordenador do ambulatório da unidade, Marcelo Junqueira, 90% dos profissionais entraram no movimento. (Fonte: Agência Sindical)