No segmento moveleiro, a desoneração da folha de pagamento já seria suficiente para garantir competitividade. É o que afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Nelson Poliseli. A reivindicação da entidade é de que o INSS seja cobrado numa alíquota de 0,8% da receita bruta das empresas. ”Se for 1% não vai compensar para as indústrias que dependem de muita mão de obra”, alega.
De acordo com ele, para as empresas mais automatizadas, é mais vantagem pagar 20% de INSS sobre a folha de pagamento do que pagar 1,5% em cima da receita bruta. A alíquota de 1,5% já foi oferecida ao setor no ano passado dentro do Programa Brasil Maior.
”Tenho certeza que, se o governo aceitar 0,8%, nós vamos nos tornar bastante competitivos no mercado internacional”, afirma. Segundo ele, 8% dos móveis produzidos hoje em Arapongas são exportados para a América do Sul, América Central e África. ”É possível exportar muito mais. Com a desoneração da folha, poderemos competir com os móveis chineses”, ressalta
O segmento já foi beneficiado neste ano por uma medida do governo federal. Durante 90 dias, as fábricas não estão pagando IPI. ”Esperamos que a isenção seja prorrogada pelo menos uma vez como aconteceu com a linha branca”, diz o presidente do Sima.
Em Arapongas, existem cerca de 160 fábricas de móveis que empregam diretamente 12 mil pessoas. O polo é responsável por 10% da produção moveleira do País. (N.B.)
