Manifestação por tempo indeterminado é pelo reajuste de 15% nos pisos.
Os porteiros, zeladores e serventes de condomínios de Curitiba estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação começou na manhã desta terça-feira (27), após as reuniões por reajustes salariais não chegarem a acordos. Desde as 7h, cerca de 500 trabalhadores estão em frente ao sindicato patronal, onde aguardam propostas. A Manifestação teve reinício nesta quarta no mesmo local, onde ocorrem as negociações.
O Sindicato dos Empregados em Condomínios (Sindicon) de Curitiba pede 15% de aumento para as três categorias. Atualmente, o piso para serventes é de R$ 617, o de porteiro é de R$ 681, e o de zelador é de R$ 785. “O nosso piso está muito baixo, as nossas faxineiras, inclusive, está com salário abaixo do mínimo nacional. O dos porteiros está abaixo do mínimo regional. São coisas que não dá para aceitar”, reclamou o presidente do Sindicon, Hélio Rodrigues da Silva.
A paralisação foi decidida em assembleia realizada na noite de segunda-feira (26). De acordo com Silva, a categoria esperava que o Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) do Paraná apresentasse uma proposta semelhante a que foi enviada ao Sindicon em Ponta Grossa, no interior do estado, o que não aconteceu. “Nós iríamos passar isso para a assembleia, poderia ser aprovada”. Ele diz que foram feitas 17 reuniões desde setembro de 2011.
A proposta divulgada pelo Secovi foi de aumento de 10,5% no piso, 8% no salário, R$ 150,00 de cesta básica e seguro de vida de R$ 30 mil. Os porteiros pleiteiam um aumento de 15%. Este foi o mesmo acordo feito entre Sindehtur – Sindicato que representa os Condomínios de Ponta Grossa e Região – ainda na tarde de ontem com os trabalhadores daquela cidade.
“Mais uma vez somos tachados de intransigentes, mas não recebemos nenhuma proposta formalmente, diferente de Ponta Grossa”, reafirmou Rodrigues.