O Paraná teve o melhor resultado do País na produção industrial em março com crescimento de 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho foi superior à média nacional que apresentou queda de -0,5%.
Em março deste ano comparado com o mesmo mês do ano passado, o crescimento da produção foi de 15%. Os setores que tiveram os percentuais mais altos de crescimento no Paraná em março foram alimentos (4,48%), edição e impressão (89,15%), refino de petróleo e álcool (17,67%) e veículos automotores (13,98%).
No primeiro trimestre do ano, o Estado apresentou crescimento de 7,4%. Os destaques nos três primeiros meses de 2012 foram refino de petróleo e álcool (12,28%), edição e impressão (60,87%), madeira (22,7%) e alimentos (4,54%). Nos últimos 12 meses terminados em março, o crescimento da produção do Estado foi de 7,7%.
O Estado apresenta alta em março depois de ter registrado uma queda de -7,7% na produção em fevereiro. De acordo com o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Roberto Zurcher, em março, a indústria paranaense começou a voltar ao ritmo normal de atividade. Segundo ele, fevereiro acaba sendo um mês curto com o feriado prolongado de carnaval.
De acordo com Zurcher, em março a indústria automotiva começou uma produção mais intensa com 22 dias úteis neste mês. A indústria de alimentos foi influenciada pela sazonalidade dos setores de soja e carnes. E, o setor de edição e impressão já começou a receber os pedidos de material didático para o segundo semestre.
De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em março o crescimento na produção de automóveis no País foi de 42% com 308 mil unidades. A estimativa da associação para o 2012 é fechar o ano com um crescimento de produção de 2% com a recuperação do mercado.
Zurcher disse que a queda de juros é sempre positiva porque leva a indústria voltar a investir. Segundo ele, a expectativa é que o Estado feche o ano com aumento de 3,5% a 4% na produção. O economista prevê que o crescimento será menor porque a safra paranaense foi afetada por estiagem. Para o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, a queda de juros estimula o consumo e dá mais segurança para as indústrias realizarem novos investimentos principalmente nos setores de infraestrutura, construção civil, máquinas e equipamentos. No entanto, para ele, a alta da inflação é um fator preocupante. ”Se a inflação voltar a subir, o governo não vai continuar com a queda de juros”, destacou.

