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Representantes do setor estão otimistas para o próximo ano; demanda superior à oferta aquece o mercado
 
Na contramão da estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que prevê relativa estabilidade para o preço dos imóveis nos próximos anos, representantes do setor em Londrina acreditam que o segmento vai se manter aquecido, com preços reajustados. 
”Vimos um aumento significativo no passado e houve até excessos que já se acomodaram. Mas não vejo motivo para os preços aumentarem e tampouco baixarem”, avaliou ontem o presidente da CBIC, Paulo Sady Simão. Em contrapartida, o diretor comercial da Imobiliária Santamérica, de Londrina, Alexandre Moretto, afirmou em entrevista à FOLHA que a cidade caminha em direção diferente do País com relação aos preços, ”que devem continuar subindo no próximo ano”. 
 
De acordo com ele, nos últimos seis anos, o valor dos imóveis de Londrina quadriplicou. ”Nenhum investimento financeiro teve esse rendimento”, compara. Para ele, um dos fatores que motivou esse acréscimo foi a intensa demanda, que excedeu a oferta. O estímulo do governo para financiamentos, a facilidade para adquirir crédito e melhora da renda da população também contribuíram. ”Tem muita gente saindo do aluguel e comprando a casa própria e enquanto a procura estiver maior que a oferta os preços dos imóveis novos terão reajustes”, disse. 
Moretto garante que, ”indiscutivelmente”, imóveis são o melhor investimento em Londrina e considera que devam continuar assim nos próximos dois ou três anos. ”Tudo que é colocado à venda, com o preço praticado no mercado, é comercializado”, contou. 
O imobiliarista Sergio Augusto Mincache Moura, da Mônaco instalada na JK, também está otimista para 2012. ”O Brasil está no caminho certo, é a bola da vez, e Londrina também tem se destacado. Temos clientes de fora do País que estão voltando para investir aqui devido à crise e à melhora da nossa economia”, atestou. Em sua opinião, o mercado londrinense está reaquecido, ”após alguns meses de defasagem” e tende a continuar crescendo no próximo ano. O investimento para um apartamento popular na cidade fica em torno de R$ 70 mil a R$ 130 mil; já para o padrão médio, de R$ 200 mil a R$ 250 mil. 
O presidente da CBIC, Paulo Sady Simão, confirma que 2012 será um ano positivo para o mercado imobiliário brasileiro e da construção civil, apesar da crise externa e de ser também um ano de eleições municipais, que poderia prejudicar o setor, com a suspensão de novos contratos. De acordo com ele, o crédito imobiliário hoje representa 5,1% do PIB.