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Encabeçada por vereadores da base aliada, proposta rejeitada no ano passado volta à pauta de discussão
 
Três dos cinco integrantes da Mesa Executiva da Câmara Municipal de Londrina apresentaram projeto de lei para reajustar os salários do prefeito, do vice e dos secretários municipais. Assinam a proposta dois vereadores do partido do prefeito Barbosa Neto (PDT) – Sebastião dos Metalúrgicos e Roberto Fú – e José Roque Neto (PR), da base aliada ao prefeito. O projeto foi protocolado ontem e será despachado para as comissões internas do Legislativo na sessão de hoje.

Pela proposta, os salários do prefeito e do vice-prefeito passariam de R$ 13.865,28 para R$ 19.911,42 e o do vice-prefeito de R$ 5.199,48 para R$ 7.466,00. O maior reajuste seria para os secretários municipais, que teriam seus vencimentos hoje fixados em R$ 6.499,35 aumentados para R$ 12.000,00.

Sebastião dos Metalúrgicos disse que a proposta é a mesma sugerida no final do ano passado, quando a Câmara reajustou em 109% os salários dos vereadores para a próxima legislatura. ”É aquela mesma proposta que foi rejeitada no final do ano passado. Estamos reapresentando porque achamos que é uma questão de justiça reajustar os salários do prefeito e dos secretários já que os vereadores e todos os servidores tiveram reajuste”, defendeu o vereador.

Questionado se o percentual de reajuste não seria excessivo se comparado ao que recebeu o funcionalismo municipal, que ainda reivindica reposição de perdas inflacionárias, o vereador disse que ”teve grupos de servidores que receberam mais de 100% de reajuste e, em média, o funcionalismo teve 60% de reajuste”.

Segundo Sebastião dos Metalúrgicos, pela proposta assinada pelos três vereadores, o reajuste dos salários do prefeito e vice passaria a vigorar a partir da publicação da lei e o dos secretários seria retroativo a fevereiro. ”Mas tudo isso pode mudar. Vereadores podem apresentar emendas e o projeto pode nem ser aprovado”, disse Sebastião, estimando que o projeto entre em discussão ainda no mês de março.

O vereador Rony Alves (PTB), que faz parte da Mesa Executiva da Câmara, disse que é contrário ao aumento imediato do salário do prefeito e dos secretários. ”Se a proposta for para reajuste a partir do próximo ano, posso votar a favor, mas se for aumento imediato de salários, serei contra”, disse Rony. ”O prefeito foi ou está sendo investigado pela Câmara por improbidade na Guarda Municipal, na Saúde, na Centronic, na compra de livros e de uniformes e vamos dar para ele como prêmio um aumento de salário? Não posso concordar com isso”, atacou ele.

O quinto vereador integrante da Mesa, pastor Gerson Araújo (PSDB), também não assinou a proposta de reajuste dos salários para o prefeito, vice e secretários.