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O número de jovens da classe C que chega a universidade continua em movimento ascendente. De acordo com pesquisa do Instituto Data Popular, hoje, 55% dos brasileiros com idade entre 18 e 25 anos da classe C (renda familiar per capita entre R$ 323 e R$ 1.387) são alunos de cursos superiores. Em 2004, eram apenas 42%. Um aumento de 31% em seis anos.
 
Atraídos por mensalidades reduzidas e ascensão social, jovens de baixa renda buscam espaço no ensino superior
 
Os jovens da chamada nova classe média já ocupam 63% das vagas nas universidades. No país, 53% da população se encaixa nesse perfil de renda.

A pesquisa mostra que o domínio das classes A e B no ensino superior está diminuindo. Entre 2004 e 2010, a parcela de universitários do topo da pirâmide social (renda acima de R$ 2.886 per capita) e daqueles que estão logo abaixo (renda entre R$ 1.388 e R$ 2.886) caiu de 37% para 29%.

A diferença de anos de estudo entre as faixas de renda também está ficando menor de acordo com a idade da população. Entre aqueles com idade entre 48 e 55, a diferença de anos de estudo entre a elite e a classe média é de 63%. Já quando a idade avaliada fica entre 18 e 25 anos, essa discrepância cai para 20%.

Para o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, houve uma mudança de mentalidade dos jovens. “A educação deixou de ser vista como um gasto e agora é um investimento”. Segundo Meirelles, o jovem da classe C entra na faculdade para melhorar a renda. “Não existe um pensamento ideológico de educação. Ele entra pensando no mercado de trabalho.”
A opinião é compartilhada pelo vice-presidente de Marketing da Anhanguera, Roberto Valério. “O jovem entra na faculdade para melhorar a vida financeira.”
Com 400 mil alunos, a Anhanguera ocupa o posto de maior centro de ensino superior do país. Para assegurar a posição, a instituição mantém mensalidades a partir de R$ 199, um atrativo à classe C.