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O produto importado, especialmente da China, é o vilão da economia brasileira? Como a moeda chinesa (o Yuan) é desvalorizada em cerca de 40% frente ao dólar, enquanto o real, ao contrário, é apreciado em 30%, só isso dá vantagem de 70% para o fabricante daquele país, segundo especialistas ouvidos pelo Diário.No entanto, economistas e representantes da indústria avaliam que, para a superação da falta de competitividade do produto brasileiro, o problema não está lá fora. Ou seja, é preciso que o País faça sua lição de casa para que as empresas brasileiras sigam empregando e produzindo.
O professor Celso Grisi, coordenador do programa de Comércio Exterior da Fundação Instituto de Administração, diz que falta planejamento de longo prazo para resolver questões como a elevada carga tributária, deficiências de infraestrutura e carência de mão de obra especializada. Resolver esses problemas, com ações de política industrial, que desonerem cadeias produtivas, está entre as ações recomendadas.
 
Os números das pesquisas mostram a necessidade de medidas para fortalecer o setor industrial. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria indica que o Brasil perde, a cada ano, mais espaço para os itens fabricados no Exterior. Além disso, com a crise europeia, há o temor dos industriais de que a China e outros países exportadores mirem ainda mais o foco no mercado brasileiro em 2012.
INFLAÇÃO – Os importados não significam, necessariamente, problemas para economia brasileira. Para o consumidor, a entrada de diversos itens (como, por exemplo, carros) obrigou o mercado a pensar duas vezes antes de elevar preços. Neste ano, praticamente não houve reajustes de veículos, entre outros fatores, pelo aumento da concorrência.
 
O especialista em gestão automotiva Valdner Papa não espera grandes elevações de valores para a população em 2012. Mesmo porque indústrias como as chinesas JAC e a Chery anunciaram fábricas no País e negociam com o governo para não sofrerem todo o aumento de tributos que virá para os carros importados (com exceção dos trazidos da Argentina e do México) a partir de sexta-feira.