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A greve dos seguranças que trabalham no transporte de valores com carros-fortes deve continuar por tempo indeterminado. Ontem, não houve acordo em uma audiência entre representantes de patrões e empregados que ocorreu no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), mesmo depois de 3h30 de negociação. A paralisação se arrasta desde o dia 1º de fevereiro.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Paraná apresentou uma proposta que previa um reajuste salarial de 6,8%, aumento de 10% no vale-alimentação e no piso dos funcionários de tesouraria que ficaria em R$ 825 e o não desconto dos dias parados, desde que fossem compensados através de horas extras.

Durante a audiência, o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Valores e Escolta Armada do Paraná pediu um reajuste de 8% nos pisos, R$ 904 para o piso da tesouraria e vale-alimentação de R$ 18,00 contra os R$ 12,00 pagos atualmente.

Em seguida, o Ministério Público do Trabalho (MPT) fez uma contraproposta de R$ 902 para o piso da tesouraria, vale-alimentação de R$ 18,00 para os seguranças de transporte de valores e R$ 14,50 para os funcionários da tesouraria. Além disso, o MPT sugeriu a compensação de metade dos dias parados nos próximos seis meses e um reajuste salarial que contemple o INPC mais 1,5% de aumento real.

Na sequência, os trabalhadores concordaram com a proposta do MPT, mas pleitearam reajuste salarial de 8,5%. O sindicato patronal aceitaria o acordo se a greve encerrasse ontem. Agora, as duas partes terão prazos para se manifestarem. Em seguida, o assunto vai para as vistas do MPT e volta para o TRT, que escolhe um relator. O próximo passo, é a sessão de julgamento do dissídio coletivo.

Inicialmente, a categoria reinvidicava reajuste salarial de 13%, convênio médico totalmente custeado pelas empresas, e inclusão do adicional de 30% por risco de vida no 13º salário e nas férias.

Com a greve dos seguranças que trabalham no transporte de valores com carros-fortes, o Banco do Brasil (BB) teve que limitar o valor dos saques nos caixas automáticos em R$ 500 ontem. Segundo informações do banco, um terço dos 1.580 caixas automáticos da instituição no Estado estavam indisponíveis por falta de dinheiro. O BB tem 400 agências no Paraná. Para os saques nos caixas físicos, ou seja, na boca do caixa, cada agência está definindo os valores de acordo com a necessidade.

Na Caixa Econômica Federal cada cliente pode sacar R$ 700 por dia nos caixas eletrônicos e R$ 3 mil nos caixas físicos. Antes, os limites eram de R$ 1 mil e R$ 5 mil, respectivamente. A medida vale para as 80 agências de Curitiba e Região Metropolitana. O banco não tinha ontem um levantamento do número de agências que estavam com problema de falta de numerário.