NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

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Curitiba – As mudanças nas regras do seguro-desemprego fizeram o número de pedidos diminuir nos últimos meses. Levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Trabalho e Emprego mostrou que o número de trabalhadores desempregados que recebem o benefício caiu 30% no Paraná. Em setembro, 29.315 trabalhadores foram assegurados e a média deste mês era de 43 mil benefícios. 
O secretário estadual de Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, disse que isso foi possível porque a prioridade está na intermediação da mão de obra do trabalhador e também em função das novas regras para a concessão do seguro. 
O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cid Cordeiro, observa que o desemprego vem caindo gradativamente no Estado e no Brasil. Segundo ele, havia informações de que as pessoas saíam do emprego para receber o seguro, voltavam a trabalhar e pediam para não serem registradas em carteira de trabalho para continuarem a receber o benefício. Este foi um dos motivos que levou à criação das novas regras. 
Ele acredita que a taxa de desemprego deve cair ainda mais com o crescimento da economia brasileira. Para este ano, é esperado um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e, para o próximo, de 3,5%. Em 2009, o desemprego no Estado era de 4,6%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, informações preliminares do Censo 2010 apontam para uma taxa de desemprego de 5,02%. Em setembro de 2011, a taxa de desemprego em Curitiba e Região Metroplitana já era de 3,4%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Para o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná, Denilson Pestana da Costa, a redução nos pedidos de seguro-desemprego é resultado das novas regras e da maior oferta de vagas no Paraná. Segundo ele, só no setor de construção civil as mudanças na concessão de seguro reduziram em 30% as solicitações do benefício. 
Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PR), Sônia Gurgel, o aquecimento do mercado de trabalho e as novas restrições para conceder o seguro, foram os motivos que influenciaram na queda de solicitações, o que também ajudou a inibir fraudes. 

Quanto ao futuro do crescimento das vagas no mercado de trabalho, Sônia acredita que tudo vai depender do aquecimento da economia e do aprofundamento da crise internacional.