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Em entrevista ao jornal espanhol El País, tucano diz que Dilma faz “faxina” contra corrupção apenas por pressão da imprensa

Classificado como “chefe da oposição” brasileira, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) deu entrevista ao jornal espanhol El País afirmando que as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se candidatar novamente ao cargo em 2014 “são muito altas”. Serra disse que Lula nun­­ca deixou de estar em campanha e que algumas de suas declarações contra a oposição são retórica eleitoral.

A respeito da “faxina” que a presidente Dilma vem promovendo no Ministério dos Trans­­portes, o tucano reconhece que a ação foi correta, mas considera que a petista atuou estimulada pela imprensa nacional, e não pela convicção de se promover uma limpeza na administração federal.

 “O ex-presidente [Lula] também afastou pessoas envolvidas em casos de corrupção, mas aquilo que poderia se transformar no início de uma política de transparência acabou em nada”, disse Serra. Na entrevista, o ex-governador vinculou a origem desses escândalos ao fato de o governo petista entregar a partidos da base aliada áreas onde exercem “um poder quase absoluto”.

Imagem positiva

O ex-governador admite que a imagem do Brasil no exterior é positiva e que a economia caminha em ritmo de crescimento, assim como a criação de empregos. Ele avalia ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff começou bem no que se refere à defesa dos direitos humanos. O tucano acrescenta, contudo, que nos últimos tempos a posição da presidente começou a se mostrar ambígua e que o ímpeto em defender os direitos civis se diluiu.

Honoris causa

Ex-presidente vai ser doutor na França

O ex-presidente Lula receberá em setembro seu sexto título Doutor Honoris Causa, da universidade francesa Sciences Po. A cerimônia de outorga ocorrerá na França, no dia 27 de setembro. Lula será a 16ª personalidade – a primeira latino-americana – que receberá essa láurea desde a fundação da Sciences Po, em 1871.

Foram alunos da instituição os ex-presidentes franceses Jacques Chirac e François Mitterrand, além do príncipe Rainier III de Mônaco, do ex-secretário-geral da ONU Boutros Boutros-Ghali e do escritor Marcel Proust.