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O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Cezário Siqueira Gonçalves Neto, afirmou que pelo menos 500 trabalhadores da construção civil foram demitidos no último mês em várias regiões do Estado.
  

Segundo ele, o motivo das demissões é a falta de pagamentos por parte do Governo do Estado, que “tem obrigado empresas a demitir funcionários e fechar os canteiros de obras públicas em todo o Estado”.

Pelo menos dez municípios mato-grossenses, segundo seus cálculos, são atingidos diretamente com o atraso nos pagamentos, que vem se arrastando desde outubro de 2011. “Em quatro meses de atrasos, cerca de R$ 10 milhões deixaram de circular na economia mato-grossense”, disse.

As empresas cobram do Governo o pagamento imediato dos serviços executados e um planejamento financeiro para dar continuidade nas obras iniciadas, mas, até o momento, segundo o sindicato, não houve avanço nas negociações.

Segundo levantamento do Sinduscon, estão paralisadas obras em escolas, penitenciárias, Universidade Estadual e centros socioeducativos nas cidades de Cuiabá, Água Boa, Primavera do Leste, Juína, Cáceres, Sinop e Juara.

As secretarias de Fazenda, Cidades, Educação e de Justiça e Segurança Pública foram oficializadas pelo sindicato para prestar esclarecimentos sobre os atrasos e estabelecer prazos para os pagamentos atrasados e os futuros repasses.

Cezário Neto fez um alerta sobre a gravidade da situação, já que “não são só as empresas estão sendo prejudicadas, mas principalmente os trabalhadores e os fornecedores”.

“Quando se fala em um demitido pode acrescentar mais quatro pessoas na família que dependem daquela renda”, afirma, ao comentar que nas cidades do interior, a paralisação de uma obra implica na quebra na economia local devido à menor circulação de dinheiro. “A loja de materiais não recebe, o trabalhador para de consumir e todo o município perde”, salientou.

O vice-presidente do Sinduscon-MT, Celso Ferraz, alertou que a situação deve se agravar porque mesmo aqueles que ainda estão conseguindo manter o andamento dos trabalhos serão forçados a paralisar por não estarem pagando funcionários e fornecedores.

“Estamos sem crédito no mercado e com isso não conseguimos nem financiamentos, nem prazo para pagar os materiais”.