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São Paulo – As incertezas em relação ao cenário econômico influenciaram o comportamento da taxa de desemprego no mês de agosto, que ficou em 10,9% em sete regiões metropolitanas em agosto, de acordo com técnicos da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Diversos dados apontam para uma apreensão dos agentes econômicos em relação ao futuro da economia e o impacto no mercado de trabalho já pode ser verificado. ”A estabilidade na taxa de desemprego do mês de agosto não é um resultado típico para o período”, afirmou a economista Patricia Lino Costa, do Dieese. 

O nível de ocupação ficou estável em agosto comparativamente a julho. Entre os setores, houve queda no nível de ocupação na indústria (-0,6%), comércio (-0,6%), construção civil (-0,2%) e agregado outros serviços (-0,7%). Somente o setor de serviços registrou um resultado positivo (0,4%). Segundo Patrícia, historicamente, a taxa de desemprego cai no segundo semestre no País, comportamento que ainda não começou a ocorrer neste ano. Mesmo na comparação em 12 meses, a ocupação vem registrando desaceleração. 

Outros dados da pesquisa também sinalizam a incerteza dos empresários em relação ao mercado de trabalho. O aumento do assalariamento sem carteira assinada é um deles. Em relação a julho, o nível de ocupação dos trabalhadores do setor privado sem carteira subiu 1,3% nas sete regiões metropolitanas pesquisadas. O rendimento médio dos ocupados nas sete regiões não variou em julho na comparação a junho e, na comparação a julho de 2010, caiu 1,3%.