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A taxa de desemprego nas sete regiões pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) subiu para 9,5% em janeiro, sobre 9,1% em dezembro de 2011, de acordo com divulgação desta quarta-feira (29). A taxa teve a primeira alta desde junho de 2011, quando ficara em 11%. A pesquisa é feita em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

No conjunto das sete regiões onde a pesquisa é realizada (Distrito Federal e Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), em janeiro, o total de desempregados foi estimado em 2,1 milhões de pessoas, 104 mil a mais do que no mês anterior.
 
O crescimento atípico da população economicamente ativa (PEA) durante janeiro, somada à eliminação de vagas temporárias, pesou na taxa de desemprego. “A PEA cresceu de maneira incomum. Mais gente procurando emprego, mais vagas precisam ser criadas. Mas há certo otimismo no mercado de trabalho tanto de quem procura como de quem oferece vagas”, disse Sérgio Mendonça, economista do Dieese. Na avaliação de Mendonça, esse crescimento da PEA não preocupa. “Mesmo que essa elevação seja mais intensa, a taxa de desemprego não deve crescer, vai cair mais devagar.”
 
O total de ocupados, nas sete regiões investigadas, foi estimado em 20,167 milhões de pessoas.
 
Por regiões pesquisadas, a taxa de desemprego total cresceu em São Paulo (de 9% em dezembro para 9,6%), Salvador (de 14,1% para 15%), Fortaleza (de 7,7% para 8,1%) e no Distrito Federal (de 11% para 11,5%), mas manteve-se relativamente estável em Belo Horizonte (de 5,2% para 5,1%), Porto Alegre (de 6,4% para 6,5%) e Recife (de 12,2% para 11,9%), diz o Dieese.
 
Em dezembro de 2011, no conjunto das regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos ocupados subiu 0,4% e o dos assalariados, caiu 0,4%. Os valores monetários ficaram em R$ 1.458 e R$ 1.510, respectivamente.
 
Apesar da alta da taxa em janeiro, as expectativas para 2012 são boas, de acordo com a Fundação Seade, uma vez que a dinâmica do mercado interno está aquecida, com fatores como o aumento do salário mínimo e redução de juros.
 
Níveis de atividade
Segundo setor de atividade econômica, no conjunto das regiões, o nível ocupacional registrou alta na construção civil (com a geração de 30 mil postos de trabalho, ou crescimento de 2,3%), nos serviços (criação de 26 mil, ou alta de 0,2%) e no agregado outros setores (6 mil, ou 0,4%). O nível permaneceu estável no comércio e diminuiu na indústria (menos 46 mil postos de trabalho, ou retração de 1,5%).
 
Região Metropolitana de São Paulo
A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo também subiu em janeiro, ao passar de 9%, em dezembro, para os atuais 9,6%. O comportamento era esperado para o período, diz o Dieese/Seade.
 
Mesmo assim, a taxa de 9,6% ainda é a menor taxa de desemprego para o mês desde janeiro desde 1991, quando foi de 9,9%, diz a Fundação Seade.
 
Em janeiro, o contingente de desempregados na região foi estimado em 1,037 milhão de pessoas, 69 mil a mais do que no mês anterior .