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Faltam seis dias para as eleições e as campanhas dos principais candidatos ao governo do Estado precisam acelerar as estratégias políticas para garantir a vitória no primeiro turno. Num “apagão de pesquisas”, já que todas as pesquisas foram impugnadas pela Justiça Eleitoral depois de pedidos da Coligação de apoio a Beto Richa (PSDB), o eleitor paranaense chega à última semana de campanha sem poder saber ao certo quem está na frente na disputa entre o tucano e o candidato do PDT, Osmar Dias.
Nesse cenário de indefinição, o desempenho dos candidatos nos debates e nas aparições dos últimos programas eleitorais gratuitos de rádio e de televisão serão decisivos. Tanto Beto, quanto Osmar Dias (PDT) tem apenas mais dois programas eleitorais (em dois horários diferentes) de televisão para convencer o eleitor indeciso: hoje e quarta-feira.

As coordenações de campanha escondem as estratégias, mas tudo aponta para um endurecimento ainda maior da campanha de Beto – com críticas cada vez mais fortes contra Osmar Dias e seus aliados. O coordenador de campanha de Osmar, Mario Pereira, garante que Osmar não vai responder com agressividade aos ataques, preferindo manter a política de apresentar suas propostas para a população. “O que sabemos é que o Osmar vai manter a serenidade, vai responder o que precisar, mas não irá entrar num bate-boca desnecessário. Ele vai ficar sereno e firme”, apostou Pereira.
Amanhã ocorre o último debate com a presença dos quatro candidatos ao governo do Estado que fazem parte de partidos com representatividade no Congresso Nacional. O debate é considerado o mais importante da campanha pelo momento político e por ser transmitido pela Rede Paranaense de Televisão (RPC), filiada à Rede Globo. Neste debate estarão Paulo Salamuni (PV) e Luiz Felipe Bergmann (Psol), além de Osmar e Beto. “O eleitor sempre espera que seu candidato seja autêntico, que consiga esclarecer todos os questionamentos de forma simples e objetiva. Acho que é hora de mostrar as diferenças de projeto, mas sem agressão. O debate de ideias é saudável, mostra quem é quem”, declarou o deputado federal Florisvaldo Fier (o Dr. Rosinha, do PT), prevendo um endurecimento de tom até o final da eleição por conta do que chamou de “acirramento” eleitoral.
Já o deputado estadual Luiz Carlos Martins (PDT) aposta em Osmar Dias por conta da diferença de postura. “O eleitor vai perceber agora quem tem compromisso com a família paranaense. Isso vai ser mostrado pela coerência do candidato, pelos projetos e pela segurança em citar o que fará como governador do Paraná”. Já o deputado estadual Durval Amaral (DEM), que apoia Beto, acha que a responsabilização dos problemas paranaenses no governo do Estado vai fazer com que o eleitor queira votar pela mudança, pela novidade, pela renovação. “É certo que todos pensam que é necessária uma nova forma de administrar o Estado e essa nova forma só pode ser pensada com o Beto – ele representa a mudança”, ponderou o parlamentar.
Beto e Osmar devem ainda essa semana percorrer o interior do Paraná e a Região Metropolitana de Curitiba em busca da simpatia dos eleitores que ainda não se decidiram. A agenda dos dois ainda não foi divulgada. Hoje, movimentos ligados à associação de bairros, juventude, sindicais e de mulheres fazem um ato de desagravo ao candidato Osmar Dias. O evento será às 9h, no Hotel Elo, ao lado da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O desagravo é contra as agressões que teriam sido cometidas por Beto durante a semana passada nos programas de rádio e de televisão.