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A compra atingiu o valor de R$4,5 milhões e compreende veículos do modelo Renault Fluence, cuja unidade é avaliada em R$50 mil. Teve início na última terça-feira (28/2) a entrega de 90 automóveis encomendados pelo TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) para uso exclusivo de seus 120 desembargadores.

A medida foi criticada pela OAB-PR (Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná), que, em nota, se “manifesta em desacordo à aquisição”. Para a instituição, há pontos mais prioritários para os quais as verbas públicas devem ser destinadas, como “a criação urgente de novos cargos de juízes e serventuários, o reaparelhamento dos fóruns no interior do estado e, em Curitiba, a imediata construção no novo Fórum Cível, além da melhoria nos sistemas de processo eletrônico e informática”.

O TJ-PR replicou as críticas, alegando que a OAB-PR estaria sendo “injusta e inverídica” ao não levar em consideração a “contratação de 1,5 mil novos servidores” e o empenho de R$200 milhões em “construções e reformas de fóruns”.

Em entrevista ao Última Instancia, José Lucio Glomb, presidente da OAB-PR, disse que reconhece os progressos alcançados pelo TJ-PR, o que não quer dizer que eles sejam suficientes. A seu ver, “esse é um direcionamento de verbas para coisas secundárias”.

Questionado sobre a concessão desse tipo de benefício na hipótese de um sistema judiciário mais eficiente, Glomb mantém-se contrário à decisão: “nem nessas circunstâncias a aquisição de automóveis para desembargadores com dinheiro público seria aceitável”.