Mais de 3,1 mil trabalhadores da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) de Curitiba, região metropolitana, região oeste e litoral podem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira.
Se o impasse não se resolver no primeiro dia de paralisação, a população pode começar a sentir os efeitos da greve a partir de terça-feira, dizem os trabalhadores.
Durante o dia de hoje, operadores da estação de tratamento de água e de esgoto, da parte administrativa, leituristas, atendentes ao público e trabalhadores da manutenção ainda esperam um posicionamento da empresa.
“Se vier (hoje) alguma proposta por parte da empresa que atenda as expectativas, os trabalhadores poderão apreciar e não paralisar os serviços”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento (Saemac), Gerti José Nunes.
Por enquanto, a empresa ofereceu a reposição de 5% da inflação, o que os trabalhadores consideram insuficiente. “Considerando a defasagem do salário inicial, que hoje é de R$ 752, estamos pedindo piso de ingresso de R$ 1,2 mil”, reivindica Nunes.
O acordo coletivo da categoria venceu no fim de fevereiro e desde então não houve acordo entre funcionários e empresa. Os outros três sindicatos de trabalhadores da Sanepar, de Londrina, Maringá e Cornélio Procópio, devem encaminhar a decisão da greve para votação até o fim do mês.
Em nota, a Sanepar diz estranhar a posição do sindicato, em função do encaminhamento que vem sendo dado e confirma que pretende fazer uma nova rodada de negociação com os funcionários.