Cerca de 800 funcionários de diferentes empreiteiras que prestam serviços à LLX, empresa do Grupo EBX de Eike Batista, pararam as atividades ontem em São João da Barra, no Norte Fluminense, onde a companhia constrói o Superporto do Açu. Os trabalhadores fecharam os principais acessos ao canteiro de obras, ateando fogo em pneus e galhos na estrada. A Polícia Militar foi acionada, mas não houve confronto.
De acordo com funcionários da empreiteira ARG Engenharia, os trabalhadores reivindicam o pagamento das horas referentes ao tempo de deslocamento que o empregado faz de sua residência ao trabalho e vice-versa, além de 30% de adicional noturno, insalubridade e periculosidade. Eles também pedem a extinção da escala de seis dias por três de folga, para evitar que operários trabalhem nos sábados, domingos e feriados recebendo como dia normal, além de melhores condições de trabalho e higiene nas acomodações, e alimentação.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Imobiliários do Norte Fluminense, José Carlos Eulálio, a paralisação foi uma surpresa para a entidade. Em nota, a LLX confirmou a paralisação feita pelo grupo de trabalhadores na manhã de ontem e informou que acompanha a negociação entre eles e as empresas contratadas.