As negociações com os credores, que haviam sido suspensas na sexta-feira, serão retomadas, confirmou em nota o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que representa os bancos. Em outubro, os líderes europeus obtiveram um acordo que previa uma perda de 50% para os detentores de bônus gregos. As discussões foram interrompidas quando Atenas tentou elevar esse percentual, o que os credores privados não aceitaram.
“Fora UE e FMI”
Mas um acordo estaria próximo, afirmou à Bloomberg News Bruce Richards, diretor-executivo da Marathon Asset Management. A empresa é uma das credoras da Grécia, mas não faz parte do comitê que negocia com o governo.
Ontem, o metrô de Atenas parou, as balsas não saíram dos portos, e os ônibus circularam parcialmente. Os bancos também não abriram. “Exigimos que as políticas de austeridade sejam abandonadas e que seja abolida a legislação que esmaga nossos direitos e transforma nossos trabalhadores em escravos”, afirmou em nota o sindicato EKA. Os manifestantes carregavam bandeiras com os dizeres “Fora UE e FMI”.
“Queremos que eles sumam. Eles estão empurrando o país para o colapso com essa medidas. Estão vendendo a Grécia”, disse o estivador Yannis Tsalimoglou, que viu sua renda cair 30%.
A agência de classificação de risco Fitch afirmou ontem que a Grécia deve decretar moratória, mas ressaltou que isso acontecerá de forma ordenada.