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Os representantes da União Europeia (UE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) — a chamada troika — foram recebidos na terça-feira (17) em Atenas, ao chegar para examinar as contas da Grécia, com uma greve de 24 horas e protestos nas ruas. A troika prepara um pacote de 130 bilhões que poderá manter o país respirando até o fim de março, quando vence um grande lote de dívidas.
A inspeção da troika está intimamente ligada aos esforços de Atenas para selar um acordo com os credores privados que permita abater mais de 100 bilhões de uma dívida total superior a 350 bilhões. Segundo o FMI, sem um acordo a dívida grega não entrará em um caminho sustentável compatível com um novo pacote de ajuda.

As negociações com os credores, que haviam sido suspensas na sexta-feira, serão retomadas, confirmou em nota o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que representa os bancos. Em outubro, os líderes europeus obtiveram um acordo que previa uma perda de 50% para os detentores de bônus gregos. As discussões foram interrompidas quando Atenas tentou elevar esse percentual, o que os credores privados não aceitaram.

“Fora UE e FMI”

Mas um acordo estaria próximo, afirmou à Bloomberg News Bruce Richards, diretor-executivo da Marathon Asset Management. A empresa é uma das credoras da Grécia, mas não faz parte do comitê que negocia com o governo.

Ontem, o metrô de Atenas parou, as balsas não saíram dos portos, e os ônibus circularam parcialmente. Os bancos também não abriram. “Exigimos que as políticas de austeridade sejam abandonadas e que seja abolida a legislação que esmaga nossos direitos e transforma nossos trabalhadores em escravos”, afirmou em nota o sindicato EKA. Os manifestantes carregavam bandeiras com os dizeres “Fora UE e FMI”.

“Queremos que eles sumam. Eles estão empurrando o país para o colapso com essa medidas. Estão vendendo a Grécia”,  disse o estivador Yannis Tsalimoglou, que viu sua renda cair 30%.
A agência de classificação de risco Fitch afirmou ontem que a Grécia deve decretar moratória, mas ressaltou que isso acontecerá de forma ordenada.