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O crescimento potencial do mundo pode ter caído em razão dos efeitos da grande crise global na economia real, segundo o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. No Brasil, da mesma forma, pode ter havido alguma queda, para o presidente do BC, que nota que ‘‘o crescimento de 7,5%, como ocorrido em 2010, é claramente muito superior ao potencial brasileiro’’. 

 Para Tombini, uma expansão do PIB de 4% ao ano numa economia madura como o Brasil é bastante satisfatória. Ele não revelou, porém, qual seria a sua estimativa sobre o crescimento potencial do Brasil hoje. O crescimento potencial é aquele que não gera desequilíbrios na economia, como inflação em alta ou deficits externos insustentáveis. 

Em relação à convergência da inflação para o centro da meta de 4,5%, Tombini chama a atenção para o debate, na comunidade internacional de bancos centrais, sobre a ‘‘resiliência da inflação’’ em diversos países. O fenômeno pode estar ligado à incidência mais alta de choques de oferta, como altas do petróleo e outras commodities, e à elevada liquidez internacional. 

Para Tombini, a economia brasileira está sólida, com reservas internacionais de US$ 374 bilhões e dívida pública líquida de cerca de 36% do PIB. Ele afirmou que o BC não tem intenção de usar medidas macroprudenciais para evitar a elevação da Selic no futuro, conforme especulações no mercado. E frisou que o objetivo principal das medidas macroprudenciais, como controles sobre mercados de crédito, é o de controlar desequilíbrios no mercado financeiro e de crédito.

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 14 de maio de 2012