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Conceito de gestão adotado pelas empresas enxerga o colaborador em todas as suas facetas: anseios, desejos e sonhos de crescer e superar desafios

Remuneração, treinamento e planos de sucessão agressivos eram temas recorrentes que ocupavam posição de destaque nas corporações, entre os profissionais de Recursos Humanos. Os ítens descritos não deixaram de ser importantes, mas a gestão de pessoas ocupa, atualmente, lugar privilegiado no ranking das discussões. 

Esta semana, em Curitiba, a especialista em comportamento humano, Branca Barão, de Campinas, durante a palestra ”Motivação 360º”, colocou em pauta o assunto com profissionais da área, sob uma perspectiva diferente. Ela abordou o ser humano em todas as suas facetas, que inclui a personalidade, os anseios, desejos e sonhos que as pessoas têm de crescer e superar desafios. 

Para a especialista, o equilíbrio, entre habilidades, competências e desafios, é peça chave para encontrar a tão sonhada motivação no trabalho. ”De forma lúdica e muito bem humorada é possível compreender um pouco mais dessa parte valiosa e que faz tanta diferença nas empresas, os talentos, que são os colaboradores, que precisam estar motivados e felizes”, explica. 

Branca afirma que pessoas são diferentes e precisam ser tratadas em sua especificidade. ”As pessoas dentro das empresas precisam ter a chance de serem autênticas, trabalharem com autonomia, para tanto a gestão de pessoa precisa ser personalizada. Existem colaboradores que precisam de um chefe autoritário ainda, outras precisam de um líder, que o desenvolva e estimule a encontrar sua própria autoliderança. O líder precisa ter a sensibilidade para liderar cada pessoa do jeito que ela é, de acordo com o momento que ela vive”, salienta. 

Motivar as pessoas e descobrir o que dá prazer no trabalho e o que a deixam felizes é essencial para o sucesso da empresa.”Gente é algo complexo, que busca a felicidade mesmo sem saber ao certo o que isso significa e precisa ser. O gestor precisa descobrir o que satisfaz seu colaborador e colocar em prática, afinal ele é um motivador em potencial”, afirma. 

No momento em que as pessoas de uma empresa estiverem sendo o melhor que puderem, conforme Branca, trarão o melhor resultado, simplesmente porque desejam. Para ela, o apagão de talentos que tanto se fala, não significa falta de gente para trabalhar e, sim falta de gente com vontade de dar tudo de si, de vestir a camisa da empresa, e fazer a diferença. ”Pessoas motivadas, são envolvidas e buscam o melhor resultado como consequência. Apagão de talentos é, na verdade, a falta de gente com capacidade, competência e atitudes que a empresa busca e não encontra. Quando um desses três itens falta, o talento é apagado”, afirma. 

A especialista salienta que muitos gestores ainda insistem em permanecer focados no exemplo ultrapassado de gestão de pessoas. ”As empresas que evitam mudar a todo custo sentirão na pele a falta de profissionais engajados em suas equipes. A mudança só acontecerá quando o gestor enxergar que aquela imagem que tínhamos do chefe que manda e delega está ultrapassada”, adverte. ”Hoje temos a expectativa do líder educador, do gestor que motiva o profissional, que o ajuda a gerir a própria carreira. O líder que o mercado requer é parceiro e o porto seguro no desenvolvimento da equipe, mas acima de tudo é humano. Erra e aprende com os demais colaboradores.”