NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

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JUSTIÇA SOCIAL

Não houve acordo entre a confecção Zara e o Ministério Público do Trabalho (MPT) para por fim ao caso do trabalho irregular em oficinas que prestavam serviço à empresa. O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) proposto pelo MPT, que deveria ser firmado hoje (30), não foi aceito pela multinacional. Por conta disso, o MPT pode aplicar multa à Zara. Uma nova reunião entre a empresa e a Procuradoria também não foi agendada.
Empresas terceirizadas pela Zara foram flagradas em fiscalizações mantendo trabalhadores em regime semelhante ao escravo. 
O TAC tinha 47 cláusulas e obrigava a Zara a pagar R$ 20 milhões por danos morais. O valor seria destinado a programas que visam melhorar a vida do trabalhador. Além disso, o termo pede o fim das subcontratações e das “quarteirizações” –a terceirização da terceirização– nas oficinas que prestam serviços à empresa e a responsabilidade da Zara sobre sua cadeia de produção.
A Inditex, dona da Zara, tem 46 fornecedores no Brasil e 313 oficinas subcontratadas. Fornecedores e oficinas têm quase 11 mil funcionários. Desde 1999 instalada no país. possui 32 lojas em diversos shopping centers. Em 2010, foram vendidos 12,5 milhões de peças de confecção.
Já a proposta da empresa oferecia investimento bem abaixo do que foi proposto pelo MPT. Como  R$ 387 mil no projeto “Trabalho Decente na Cadeia de Confecções”, em parceria com a Uniethos, organização voltada ao desenvolvimento de gestão responsável nas empresas, com objetivo de assegurar “a competitividade e sustentabilidade do negócio das empresas envolvidas bem como a melhora das condições laborais de seus trabalhadores”. O projeto seria aplicado em 100 empresas, com um total de 2.100 funcionários, para formalizar oficinas de costura.
Outros R$ 322 mil seriam investidos pela empresa em programas de sensibilização sobre os direitos trabalhistas e de migrantes, na cadeia de fornecimento da Zara no Brasil, e R$ 400 mil em cursos voltados para trabalhadores da indústria têxtil. Até 2012, o total investido seria só de R$ 2 milhões  em programas de orientação jurídica a imigrantes, criação de fundos contra a forme e albergues de emergência, regularização, capacitação profissional e formação para cidadania, e programas de informação e de caráter cultural.