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A saída definitiva do vereador João Cláudio Derosso (PSDB) da presidência da Câmara Municipal de Curitiba pode estar mais perto de acontecer. Ontem, a oposição, junto com membros de apoio ao partido de Derosso, assinaram a representação que pede a destituição dele do cargo de presidente. São 27 assinaturas, sendo seis tucanos, entre os 37 vereadores (além de Derosso) da capital. O documento será protocolado na Mesa Diretora na próxima segunda-feira. A outra possibilidade é que o próprio Derosso renuncie ao cargo, com as pressões que tem enfrentado. Mesmo que saia da presidência, Derosso continua exercendo o cargo de parlamentar na Casa.

Nesta semana, o líder do PSDB na Câmara, vereador Émerson Prado, defendeu que Derosso resolva se afastar definitivamente. Desde o fim de novembro, Derosso está licenciado do cargo. O período afastado das atividades na presidência era válido por 90 dias. Antes de vencer esse prazo, porém, Derosso apresentou um novo pedido, prorrogando sua licença, o que totalizaria 135 dias de afastamento. Este é um dos argumentos utilizados pelos vereadores para embasar o processo de destituição, uma vez que renovar a licença não encontraria respaldo no regimento interno da Câmara. ”Derosso continua exercendo normalmente suas funções de vereador, tornando incoerente seu pedido de licença da presidência. É também de amplo conhecimento que o vereador continua sendo consultado pela presidência interina antes da tomada de decisões”, argumenta-se no documento.

No pedido de saída de Derosso, os vereadores reforçam que o presidente licenciado permitiu o ”favorecimento ou benefício pessoal de partes envolvidas em procedimentos, transgrediu a legislação, cometeu irregularidades capazes de comprometer concorrência, contratou, subcontratou e executou contratos que causaram prejuízo ao erário público”, referindo-se às supostas irregularidades encontradas em contratos de publicidade assinados entre a Casa e a empresa Oficina da Notícia, de propriedade da esposa de Derosso, Claudia Queiroz Guedes.