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Entre os empresários presentes no evento estavam apoiadores de Bolsonaro. Candidato do PT defendeu reforma tributária.

O ex-presidente Lula (PT) foi aplaudido na noite desta terça-feira (27) ao chegar a um evento com empresários e integrantes do setor financeiro em São Paulo. Entre os integrantes do grupo estavam empresários que são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e críticos ao PT, como Flávio Rocha e Roberto Justus.

 

O encontro de hoje foi articulado pelo Grupo Esfera Brasil e conta com a presença de cerca de 100 pessoas. Logo que entrou na sala em que estavam os presentes, o ex-presidente foi aplaudido e passou a cumprimentar um por um dos empresários. Lula resolveu aceitar o convite na reta final da eleição, no momento que busca votos para vencer a disputa em primeiro turno. Também estavam presentes do banqueiro André Esteves, Isaac José Sidney, presidente da Febraban, Benjamin Steinbruch, Fábio Ermírio de Moraes e Rubens Ometto.

 

Em discurso, Lula disse que a responsabilidade fiscal deve estar relacionada à responsabilidade social e afirmou que, num eventual governo, vai tentar aprovar a reforma tributária. Ele também defendeu os direitos dos indígenas.

 

O candidato ainda disse que é contra o teto fiscal, mas é a favor de um superávit primário consistente. Afirmou, ainda, que pretende consolidar o auxílio emergencial na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), usar bancos públicos e fundo garantidor para financiar produção, retomar o financiamento público de estudantes universitários e melhorar a imagem do Brasil no exterior.

Os empresários reclamavam que o ex-presidente não estava pessoalmente empenhado nesses contatos, enviando sempre para as conversas com o setor produtivo ou financeiro interlocutores — o ex-governador Wellington Dias, o deputado Alexandre Padilha, o economista Guilherme Melo, o ex-ministro Guido Mantega, entre outros.

A ida ao encontro e a ausência de vetos sobre os presentes foram lidos como gestos de aproximação do petista. Ele foi acompanhado da mulher, Janja, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do ex-ministro Aloizio Mercadante e do seu vice, Geraldo Alckmin. Também estava no grupo o deputado estadual Emídio de Souza.