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TRANSPARÊNCIA | Nepotismo, compra de votos e desvios na administração pública prejudicam o país, segundo a Transparência Internacional
O Brasil caiu quatro posições no ranking divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional (TI) que mediu a percepção da corrupção em 2011 e agora ocupa a 73.ª colocação entre 183 países avaliados.
Embora tenha piorado no ranking, o Brasil melhorou ligeiramente sua nota, que passou a ser 3,8 este ano. A queda se deu porque entraram novos países no ranking, como Santa Lúcia, Baha­­mas e São Vicente e Grana­­dinas, que aparecem na frente do Brasil.
 
Vizinhos
CHILE É O PAÍS DA AMÉRICA LATINA COM OS MELHORES RESULTADOS
 
O Chile é o país latino-americano melhor colocado no ranking sobre corrupção divulgado ontem pela Transparência Internacional. O país da América do Sul aparece em 22º lugar, com nota 7,2, à frente de países desenvolvidos como Estados Unidos (24º) e França (25º).
O Uruguai, segundo melhor entre os latino-americanos, ficou a mesma nota 7 obtida pelos franceses, compartilhando a mesma posição na lista.
 
O diretor para a América Latina da Transparência Internacional (TI), Alejandro Salas, disse que no caso da Venezuela, pior colocada entre sul-americanos, seu “governo central muito forte limita de maneira importante a autonomia das demais instituições”, como ocorre “quando se tem um Poder Judiciário submetido à autoridade central” ou “autoridades eleitorais vinculadas às autoridades políticas”, o que é “um campo muito fértil” para a corrupção.
 
A “exceção” a esta regra parece ser Cuba, que caiu em um ano da 69ª para a 61ª posição, e isto pode ser atribuído a diversos fatores, a começar pelo fato de que a ilha “não tem instituições democráticas, mas há uma institucionalidade forte e uma hierarquia que controla e domina estas instituições”.
AFP
 
Segundo Alejandro Salas, responsável pelo continente americano na Transparência Internacional – que tem sede em Berlim –, o Brasil adota medidas contra a corrupção, mas continua com práticas centenárias, como o nepotismo e a compra de votos. Também persiste a percepção de venda de favores nas esferas públicas.
 
No topo da lista ficou a Nova Zelândia, com 9,5. A percepção de que o país é corrupto é maior na Coreia do Norte e na Somália, já que ambos ficaram na lanterna, com a nota 1.
O ano de 2011 viu o movimento por uma maior transparência tomar um momento irreversível, à medida que cidadãos ao redor do mundo exigem responsabilidades e transparência dos seus governos.
Os países com altas notas mostram que, com o tempo, os esforços para melhorar a transparência podem ser mantidos, bem-sucedidos e beneficiar seu povo, afirmou o diretor executivo da TI, Cobus de Swardt.
O índice da Transparência Internacional classifica os países e territórios de acordo com os níveis percebidos de corrupção no setor público. Utiliza dados de 17 pesquisas que levam em conta fatores como o cumprimento de leis anticorrupção e conflitos de interesse. As avaliações incluem ainda questões relacionadas com a corrupção de funcionários públicos, propinas nos contratos públicos e desvio de fundos públicos.