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Banco é condenado após gerente ameaçar colocar anticoncepcional na água

Banco é condenado após gerente ameaçar colocar anticoncepcional na água

TRT-3 reconheceu conduta abusiva de gerente e relação com quadro de ansiedade com bancária grávida.

Da Redação

TRT da 3ª região condenou banco ao pagamento de R$ 30 mil em indenizações a funcionária de Juiz de Fora/MG, após constatar abuso na cobrança de metas e discriminação em razão da gravidez.

Para a 8ª turma, a conduta do gerente violou a dignidade da trabalhadora e contribuiu para o diagnóstico de ansiedade generalizada.

Banco pagará indenização de R$ 30 mil após gerente discriminar gestante.
A bancária, que atuava como supervisora administrativa, relatou em juízo ter sido alvo de perseguição por parte do gerente-geral, que fazia insinuações contra mulheres grávidas, desligava o telefone durante conversas e tornava o ambiente de trabalho insustentável.

“Ele insinuava contra as mulheres, dizia que não queria ver nenhuma mulher grávida. E isso se agravou quando eu engravidei. (…) Desligava o telefone na minha cara. Foi se tornando inviável”.

Testemunha ouvida confirmou a cobrança agressiva de metas em reuniões, com ameaças de demissão ou transferência, e relatou episódio de hostilidade direta.

“Ela estava grávida e ele disse que tal fato era negativo e que não desejava na agência, e afirmou ainda que colocaria anticoncepcional na água da agência”.

Em 1ª instância, o juízo reconheceu o assédio e os danos morais, destacando que a trabalhadora foi exposta “a situações vexatórias e humilhantes na presença de colegas de trabalho”, e que isso “cria um clima impróprio e inadequado ao ambiente de trabalho, já naturalmente estressante”.

O banco recorreu, negando qualquer abuso por parte dos gestores e sustentando que a doença relatada não teria relação com as atividades laborais. No entanto, a perícia médica apontou que a bancária desenvolveu ansiedade generalizada, e que a rotina de trabalho teve papel relevante no surgimento do quadro.

Segundo o relator do caso, desembargador Sérgio Oliveira de Alencar, “ele a tratou com desprezo e agressividade por estar grávida e ainda realizava cobrança de metas ameaçando dispensa, o que, no contexto da prova dos autos, denota a forma desarrazoada da cobrança em tom agressivo”.

Na avaliação do magistrado, “diante da prova técnica produzida e da ausência de elementos em sentido contrário, ficou evidenciado que as atividades desempenhadas pela reclamante em benefício do banco atuaram, ao menos, como concausa para o desencadeamento/agravamento da doença psicológica da autora da ação”.

A turma manteve a condenação, mas ajustou os valores fixados em 1ª instância: a indenização por assédio moral foi reduzida de R$ 30 mil para R$ 20 mil, e a indenização pela doença psicológica, de R$ 25 mil para R$ 10 mil.

O total, portanto, foi mantido em R$ 30 mil. O relator ponderou que o valor deve evitar tanto o enriquecimento sem causa quanto a punição ineficaz ao ofensor.

O Tribunal não divulgou o número do processo.

Com informações do TRT-3.

MIGALHAS
https://www.migalhas.com.br/quentes/427389/banco-e-condenado-apos-gerente-ameacar-por-anticoncepcional-na-agua

Banco é condenado após gerente ameaçar colocar anticoncepcional na água

Trabalhadora surda será indenizada por falta de intérprete de Libras

3ª Vara do Trabalho de Santo André (SP) condenou grupo econômico da área de aprendizagem do transporte a pagar indenização por danos morais de R$ 35 mil a auxiliar administrativa surda por não oferecer, de modo permanente, intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para o juiz Diego Petacci, as empresas deixaram de promover inclusão real da pessoa com deficiência, o que resultou em isolamento da trabalhadora.

No processo, a mulher relatou dificuldade na comunicação em reuniões e tarefas diárias. Afirmou que interagia com colegas por meio de leitura labial, tarefa que dependia da velocidade da fala do interlocutor. Sentindo-se excluída, pediu demissão.

A defesa alegou que a auxiliar desempenhava normalmente suas funções (dar baixa em notas fiscais), que o cargo não envolvia atendimento ao público e que a comunicação também era feita via escrita. Ainda, disse que ofereceu curso de Libras aos empregados e que a profissional de interpretação era chamada para eventos específicos.

Ouvida em juízo, a intérprete afirmou ter sido contratada em três ou quatro oportunidades, fazendo a comunicação para a reclamante em alguns cursos e uma feira de empregabilidade, e ministrando oficina de Libras aos empregados das rés por três dias. Também afirmou que não era possível, nessas ocasiões, aprender com profundidade a comunicação por gestos.

Defesa da inclusão

Para fundamentar a decisão, o magistrado citou a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), que garante ambiente acessível e inclusivo às pessoas com deficiência, e o Decreto 6.949/09, que exige adaptações razoáveis para inclusão no mercado. Pontuou que, em casos como esse, é comum se argumentar sobre “custo excessivo” de medidas inclusivas, contudo, “se esse raciocínio sempre prosperar, não haverá inclusão alguma”. E lembrou que o Regional vem adotando adaptações para garantir condições dignas de trabalho (com leitores de tela, unidades judiciárias de acesso facilitado e disponibilização de servidor para leitura em voz alta de documentos).

Com isso, considerou que as reclamadas não diligenciaram de forma eficiente para garantir a plenitude de inclusão da reclamante no ambiente laboral, condenando-as de forma solidária pelo dano grave.

“Inserir a pessoa surda sem lhe garantir meios de se comunicar e se expressar pela sua língua nativa, Libras, é o mesmo que lhe negar sua própria identidade. (…) Reputo que a reclamante realmente foi segregada no ambiente de trabalho por não se promover inclusão real, mas mera inserção para cumprimento protocolar de quota de PCD”, avaliou. Com informações da assessoria de imprensa do TRT-2.

Clique aqui para ler a decisão
Processo 1002193-14.2024.5.02.0433

CONJUR

https://www.conjur.com.br/2025-abr-06/trabalhadora-surda-sera-indenizada-por-falta-de-interprete-de-libras/

Banco é condenado após gerente ameaçar colocar anticoncepcional na água

Acidente de trabalho em home office: qual o limite da responsabilidade do empregador?

O conceito de acidente de trabalho, tradicionalmente vinculado ao ambiente físico da empresa, tem evoluído à medida que os modelos de trabalho se transformam. A prática do home office, intensificada pela pandemia de Covid-19, trouxe uma série de questionamentos sobre a responsabilidade do empregador em um contexto onde o controle direto sobre o ambiente de trabalho do colaborador se torna mais limitado. Este artigo visa analisar o conceito de acidente de trabalho no home office, os deveres do empregador, as implicações legais e as responsabilidades compartilhadas, além de destacar os desafios que surgem com esse novo modelo de organização do trabalho.

Crescimento do trabalho remoto e seus desafios

O trabalho remoto, ou home office, se tornou uma prática cada vez mais comum nos últimos anos, especialmente com o avanço da tecnologia de comunicação e a necessidade de adaptação das empresas durante a pandemia de Covid-19. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2020, o número de trabalhadores remotos no Brasil aumentou consideravelmente, chegando a mais de 10 milhões de pessoas, refletindo a adoção em massa dessa prática (IBGE, 2020). A aceleração desse modelo de trabalho impôs novos desafios tanto para as empresas quanto para os trabalhadores, principalmente em relação à regulamentação de direitos e obrigações, como a questão da segurança no trabalho.

A adaptação das empresas ao trabalho remoto trouxe benefícios claros, como a redução de custos operacionais, flexibilidade no horário de trabalho e aumento da produtividade. No entanto, também surgiram dificuldades, principalmente em relação à saúde e segurança do trabalhador. O principal desafio é que, no home office, o empregador perde o controle direto sobre o ambiente onde o trabalhador realiza suas atividades, o que pode dificultar a implementação de medidas de segurança, ergonomia e monitoramento de riscos.

O aumento do trabalho remoto criou, portanto, um cenário em que a legislação precisa ser adaptada para cobrir as novas dinâmicas laborais, equilibrando a proteção do trabalhador com a viabilidade operacional das empresas.

Conceito de acidente de trabalho: expansão da definição

A Constituição de 1988, em seu artigo 7º, inciso XXII, trata da responsabilidade do empregador em reduzir os riscos inerentes ao trabalho, o que implica em adotar medidas de segurança e saúde do trabalhador. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) também prevê que cabe ao empregador cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho e fornecer orientações e treinamentos aos empregados para evitar acidentes.

No entanto, quando se trata de acidentes ocorridos em home office ou teletrabalho, o cenário se torna mais complexo. A responsabilidade do empregador é subjetiva, ou seja, ele só será responsabilizado se ficar demonstrada a culpa ou dolo em sua conduta. Isso significa que, para que a empresa seja responsabilizada, é necessário comprovar que houve omissão por parte do empregador na implementação de medidas de segurança que, de alguma forma, poderiam ter evitado o acidente.

O conceito tradicional de acidente de trabalho no Brasil está regulamentado pela Lei nº 8.213/1991, que define como acidente de trabalho qualquer ocorrência que resulte em lesão corporal ou perturbação funcional durante o desempenho de atividades profissionais, seja no local de trabalho ou em deslocamento a serviço da empresa. Tradicionalmente, entende-se que o acidente ocorre dentro do ambiente físico da empresa, no local determinado pelo empregador para o exercício das funções.

Contudo, a legislação brasileira não limita o acidente de trabalho ao ambiente da empresa. O artigo 21 da Lei nº 8.213/1991 menciona que o acidente de trabalho pode ocorrer “no local e no horário de trabalho”, o que inclui a possibilidade de o acidente ocorrer fora das dependências da empresa, mas durante o horário em que o trabalhador executa suas atividades. Isso é relevante para o contexto do home office, pois amplia a interpretação sobre o que seria o “local de trabalho” para o trabalhador remoto, considerando que ele pode estar em sua casa ou em outro lugar fora do controle direto da empresa.

A legislação brasileira também prevê que, se o acidente ocorrer durante o exercício das funções profissionais, independentemente de o ambiente ser o local tradicional da empresa, ele pode ser considerado como acidente de trabalho). Portanto, um acidente que ocorra no home office, desde que no período de trabalho e relacionado às funções do empregado, pode ser caracterizado como acidente de trabalho.

A grande questão que se coloca é como a responsabilidade do empregador se aplica em um cenário em que o local de trabalho não está mais sob seu controle direto. Questões como a organização do espaço de trabalho, a adequação do mobiliário e a fiscalização da saúde do trabalhador se tornam cruciais para que o acidente de trabalho seja configurado como responsabilidade do empregador.

Responsabilidade do empregador no contexto do home office

a) O dever de garantir um ambiente de trabalho seguro

A responsabilidade do empregador pela saúde e segurança de seus trabalhadores está prevista tanto na CLT quanto nas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho. O artigo 157 da CLT estabelece que cabe ao empregador a obrigação de garantir um ambiente de trabalho seguro, prevenindo acidentes e promovendo a saúde do trabalhador por meio de medidas adequadas

Quando o trabalho é realizado no home office, o empregador ainda tem o dever de proporcionar as condições mínimas para a segurança do trabalhador, ainda que ele não esteja fisicamente no local da empresa. Isso pode incluir: fornecimento de equipamentos de proteção adequados, como cadeiras e mesas ergonômicas, quando necessário; orientações sobre ergonomia, pausas no trabalho e boas práticas para evitar lesões; treinamentos sobre segurança no trabalho remoto e a importância de cuidar da saúde física e mental enquanto se trabalha de casa

No entanto, um dos maiores desafios é que o empregador não tem controle direto sobre a organização do espaço de trabalho do empregado em casa. Isso significa que, enquanto a legislação exige que o empregador forneça as condições mínimas de segurança, ele depende do comprometimento do trabalhador em seguir as orientações e utilizar os recursos fornecidos. Caso o trabalhador não tenha os equipamentos necessários ou não tenha condições adequadas em sua residência, o empregador tem o dever de corrigir essas falhas o mais rapidamente possível

Como ensina Sebastião Geraldo de Oliveira, em sua obra sobre indenizações por acidentes de trabalho, a responsabilidade civil do empregador ocorre quando há dolo ou culpa em sua conduta. A responsabilidade subjetiva exige que seja comprovado o nexo de causalidade entre a conduta da empresa e o dano sofrido pelo trabalhador, além da culpa ou dolo do empregador. No caso mencionado, não ficou comprovado que a empresa tenha agido de forma negligente ou tenha violado qualquer norma de segurança do trabalho relacionada ao acidente.

Ademais, a responsabilidade objetiva, que não exige comprovação de culpa ou dolo, aplica-se apenas em atividades que envolvem risco acentuado, o que não parece ser o caso do trabalhador em questão, que desempenhava suas funções de forma remota e sem interação direta com animais, nem qualquer obrigação contratual para tal.

Assim, é importante que os trabalhadores e empregadores tenham cautela no ajuizamento de ações relacionadas a acidentes de trabalho, especialmente quando estes ocorrem em situações que fogem do controle da empresa. O direito de ação deve ser exercido de maneira responsável, evitando-se a litigância abusiva, que pode comprometer o sistema judiciário.

b) Impossibilidade de fiscalização direta

Ao contrário do ambiente de trabalho tradicional, onde o empregador pode monitorar as condições de segurança e ergonomia dos empregados, o home office impõe limitações significativas quanto à fiscalização. O empregador não pode entrar diretamente na casa do trabalhador para verificar se ele está utilizando uma cadeira adequada ou se está respeitando as normas de ergonomia. Isso coloca o empregador em uma posição difícil, pois, embora tenha a responsabilidade de garantir um ambiente de trabalho seguro, a fiscalização efetiva das condições depende, em grande parte, da confiança mútua entre empregado e empregador.

Essa limitação de fiscalização direta significa que o empregador deve adotar uma postura proativa na comunicação com seus trabalhadores, fornecendo informações claras sobre os cuidados que devem ser tomados, estabelecendo políticas de saúde e segurança no trabalho remoto e incentivando o diálogo constante sobre possíveis melhorias no ambiente de trabalho.

c) Responsabilidade solidária e relação de confiança

A responsabilidade por acidentes de trabalho no home office é, em muitos casos, compartilhada entre empregador e empregado. Embora o empregador tenha a obrigação de fornecer as condições mínimas de segurança, o trabalhador também deve tomar medidas para garantir que seu ambiente de trabalho seja adequado. A responsabilidade solidária implica que ambas as partes são corresponsáveis, sendo necessário analisar as circunstâncias de cada acidente para determinar quem tem maior culpa ou omissão

Por exemplo, se o trabalhador não seguiu as orientações fornecidas pelo empregador ou não utilizou os equipamentos adequados, ele pode ser responsabilizado em parte pela ocorrência do acidente. Por outro lado, se o empregador não forneceu as condições mínimas de segurança, como mobiliário adequado, e não fez as orientações necessárias sobre ergonomia, ele pode ser responsabilizado pela falha na prevenção do acidente

Essa relação de confiança implica que tanto empregador quanto empregado devem colaborar para garantir que o trabalho remoto seja realizado de maneira segura, respeitando as normas de segurança e buscando minimizar os riscos de acidentes

Papel do trabalhador: responsabilidade compartilhada

Embora a responsabilidade do empregador seja clara, o trabalhador também desempenha um papel crucial na prevenção de acidentes em home office. O trabalhador deve:

– Organizar seu espaço de trabalho de maneira segura, seguindo as orientações do empregador sobre ergonomia e segurança (Santos, 2020).

– Utilizar adequadamente os equipamentos fornecidos, como cadeiras, teclados e suportes para o computador.

– Respeitar as pausas durante a jornada de trabalho, evitando sobrecarga física e mental

Se o trabalhador não seguir as orientações e negligenciar as condições de segurança, ele pode ser responsabilizado por não adotar medidas adequadas para proteger sua saúde. Em casos de acidentes, é importante que os tribunais considerem as ações de ambos os lados, empregador e empregado, para determinar a responsabilidade de cada um

Limite da responsabilidade do empregador

A responsabilidade do empregador em relação aos acidentes de trabalho em home office é um tema complexo, que exige uma análise detalhada das circunstâncias de cada caso. O empregador tem o dever de fornecer condições mínimas de segurança e orientações para garantir que o trabalhador possa exercer suas atividades de maneira segura, mesmo que esteja fora do ambiente físico da empresa. No entanto, o trabalhador também tem responsabilidades, devendo organizar seu espaço de trabalho e seguir as orientações recebidas

A legislação e a jurisprudência têm se adaptado aos novos tempos, mas ainda há muitos desafios a serem superados para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos de forma justa e eficaz no contexto do trabalho remoto. O equilíbrio entre os deveres do empregador e as responsabilidades do trabalhador é essencial para garantir um ambiente de trabalho seguro, seja no escritório, seja em casa (Cavalcante, 2021; Silva, 2020).

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Referências:

BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

Banco é condenado após gerente ameaçar colocar anticoncepcional na água

13º salário dos aposentados será antecipado para abril e maio; Lula assinou decreto nesta quinta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto presidencial nesta quinta-feira (3) que antecipa o pagamento do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas para os meses de abril e maio.

Lula também assinou decreto que regulamenta o fundo social para que recursos da exploração do pré-sal sejam direcionados para o Minha Casa, Minha Vida. Segundo o governo, são R$ 18 bilhões para o programa de habitação.

  • Com base na folha de pagamentos de fevereiro, o governo estima que 34,2 milhões de aposentados e pensionistas vão receber o 13º antecipado.
  • O número exclui o Benefício de Prestação Continuada (BPC), porque a legislação não prevê um 13º para esse pagamento.

Ainda de acordo com o INSS:

  • as parcelas serão depositadas junto com o pagamento regular do mês, em abril e em maio;
  • com isso, a primeira parcela será paga entre 24 de abril e 8 de maio, junto com a aposentadoria de abril;
  • a segunda parcela será paga entre 25 de maio e 8 de junho, junto com o pagamento de maio.

Na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que a equipe econômica deve antecipar o pagamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas em 2025, a exemplo do que aconteceu nos últimos anos.

Pelo cronograma tradicional, os valores são depositados somente no segundo semestre. Em 2023, os pagamentos aconteceram em maio e junho. No ano passado, foram feitos em abril e maio.

Terão direito ao abono pessoas que, em 2025, tenham recebido auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão da Previdência Social.

  • De acordo com os cálculos do governo, serão pagos R$ 73,3 bilhões aos aposentados e pensionistas nessa antecipação.
  • O desconto de Imposto de Renda deve ficar em torno de R$ 570 milhões – o dado usa como base os pagamentos feitos em fevereiro.
  • Mais de R$ 80 bilhões pagos em fevereiro

Em fevereiro, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagou mais de 40 milhões de benefícios, o que totalizou R$ 82,2 bilhões.

Banco é condenado após gerente ameaçar colocar anticoncepcional na água

TST recebe manifestações em recurso repetitivo sobre periculosidade para motoristas

O Tribunal Superior do Trabalho está recebendo manifestações escritas de pessoas, órgãos e entidades interessados na discussão sobre o adicional de periculosidade a motoristas que conduzam veículos com tanque suplementar de combustível. A providência consta de edital assinado pelo ministro Dezena da Silva, relator do caso.

O prazo para as manifestações é de 15 dias, inclusive quanto ao interesse para participar do processo para fornecer informações e colaborar na sua resolução (amicus curiae). As manifestações devem ser apresentadas como petição no próprio processo  (Processo: IncJulgRREmbRep–0020969-89.2022.5.04.0014).

O incidente de recurso repetitivo é uma das formas de definição de um precedente qualificado, em que a tese jurídica definida no julgamento tem natureza vinculante e será aplicada a todos os processos individuais e coletivos em tramitação na Justiça do Trabalho.

Questão jurídica

A tese jurídica a ser discutida é a seguinte:

“a) É devido adicional de periculosidade aos motoristas, diante da existência de tanque suplementar nos veículos, para uso próprio, com capacidade superior a 200 litros, nas situações fáticas anteriores à edição da Portaria SEPRT, n.º 1.357/19, DOU de 10.12.2019, que alterou a NR16 DO MTb?; 

b) Após a edição da Portaria SEPRT, n.º 1.357/19, DOU de 10.12.2019, que alterou a NR16 DO MTb,  no  item 16.6.1.1,  deixou  de ser  devido  adicional  de  periculosidade  aos motoristas, qualquer que seja a capacidade de armazenamento dos tanques de combustível para uso próprio, originais de fábrica ou suplementares, desde que estes sejam certificados pelo órgão competente?”

Leia a íntegra do edital.

(Carmem Feijó)

TST JUS
https://tst.jus.br/web/guest/-/tst-recebe-manifesta%C3%A7%C3%B5es-para-julgamento-de-recurso-repetitivo-sobre-periculosidade-para-motoristas

Banco é condenado após gerente ameaçar colocar anticoncepcional na água

Sem prova de desvio, banco não consegue reverter reintegração de empregado dispensado por justa causa

Empresa queria apenas pagar as verbas rescisórias

Resumo:

  • Um bancário conseguiu reverter na Justiça sua dispensa por justa causa e ser reintegrado, depois que o banco não conseguiu provar que ele teria desviado dinheiro.
  • Na ação rescisória, o BB sustentava que deveria apenas pagar as parcelas devidas em caso de dispensa imotivada, e não reintegrar o empregado.
  • Para a SDI-2 do TST, uma vez que a justa causa foi considerada inválida, a reintegração é a medida correta.

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso do Banco do Brasil S.A. para anular decisão que determinou a reintegração de um empregado que teve a justa causa revertida por falta de provas suficientes do ato que motivou a dispensa. O banco pretendia apenas converter a justa causa em dispensa imotivada, sem obrigação de reintegrar o bancário. Mas, para o colegiado, uma vez afastado o motivo da justa causa, não é possível desvincular o empregador do seu ato ilegal.

Bancário foi acusado de desviar R$ 100 mil

O empregado, que exercia a função de caixa, foi dispensado em 2007 por improbidade, por supostamente estar envolvido no desvio de uma diferença de R$ 100 mil detectada no ano anterior. O relatório do inquérito aberto pelo banco concluiu que os argumentos apresentados por ele não eram condizentes com o que mostravam as imagens do circuito fechado de TV.

Na ação trabalhista, ele alegou que as provas apresentadas (gravações do circuito fechado de TV e inquérito administrativo) não comprovaram sua culpa. Segundo ele, o representante da empresa confirmou que várias pessoas trabalhavam no mesmo local e também tiveram acesso à casa forte. Além disso, na saída do trabalho naquele dia sua bolsa foi revistada pelo segurança, que nada constatou.

Acusação não foi comprovada

Em 2010, o juízo de primeiro grau manteve a justa causa, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), reexaminando as provas, concluiu que o bancário foi acusado injustamente. De acordo com o TRT, não houve, em nenhum momento, confirmação visual de que ele tenha se apropriado dos valores desaparecidos da casa forte. Com isso, condenou o banco a reintegrá-lo e a pagar indenização de R$ 100 mil.

Reintegração é mantida

A ação rescisória do banco, visando anular a condenação, foi julgada improcedente pelo TRT. O banco recorreu, então, ao TST, sustentando que, de acordo com a jurisprudência em vigor na época, não estava obrigado a motivar sua dispensa. Esse entendimento só foi alterado em 2024 pelo Supremo Tribunal Federal (Tema 1.022 da repercussão geral). Portanto, para o banco, não haveria a obrigação de reintegrar o empregado, mas apenas de pagar as parcelas devidas.

Contudo, para a relatora do recurso, ministra Liana Chaib, o caso do bancário é diferente porque houve uma motivação expressa – o suposto ato de improbidade, que, porém, não foi demonstrado. Ao serem afastados os motivos da justa causa, aos quais o banco se vinculou, não há possibilidade de simples e puramente converter o desligamento para imotivado, desvinculando o empregador da própria ilicitude de atribuir indevidamente o ato de improbidade ao empregado. Assim, a reintegração é devida.

(Lourdes Tavares/CF)

Processo: RO-5426-65.2013.5.09.0000

TST JUS

https://tst.jus.br/web/guest/-/sem-prova-de-desvio-banco-n%C3%A3o-consegue-reverter-reintegra%C3%A7%C3%A3o-de-empregado-dispensado-por-justa-causa