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A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná informou nesta quarta-feira (29) que cerca de 40 mil carteiras de trabalho deixaram de ser confeccionadas e entregues durante os quase seis meses de greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com o superintendente regional do órgão, Elias Martins, metade destas carteiras deixou de ser emitida nas regionais de Maringá, no Noroeste do estado, e Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Já em Curitiba, região e Litoral, a estimativa é de que 9 mil carteiras não tenham sido entregues. “Os servidores fizeram muita falta e os trabalhadores acabaram prejudicados”, diz Martins.

Ainda segundo a superintendência, aproximadamente 1,7 mil registros profissionais não puderam ser feitos no período de paralisação dos trabalhadores.

Os prejuízos relacionados à liberação do seguro-desemprego não foram informados. De acordo com a superintendência, pessoas que tiveram problemas com a liberação do benefício podem ir até a sede das gerências regionais ou da Agência do Trabalhador para entrar com um recurso.

Retorno

Apesar de o fim da greve ainda não ter sido comunicado oficialmente à superintendência, a expectativa é que os funcionários voltem ao trabalho na próxima segunda-feira (4), conforme decisão estabelecida em uma assembleia realizada na última terça-feira (28).

Após quase seis meses de paralisação, as negociações entre governo e grevistas tiveram poucos avanços e os trabalhadores não alcançaram nenhuma das reivindicações que fizeram. Os grevistas exigiam a criação de um plano de carreira específico para os servidores do MTE, para que haja equiparação salarial com os trabalhadores do INSS. Os servidores também queriam melhorias nas condições de trabalho e uma jornada de trabalho de 12 horas, em dois turnos de seis horas.

Essa greve era considerada uma continuação da paralisação que foi iniciada em 5 de novembro de 2009 e encerrada em 15 de dezembro de 2009.. Os trabalhadores voltaram às atividades enquanto as negociações com o governo seguiam. Como não houve acordo, uma nova paralisação foi iniciada no dia 5 de abril.