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Eu acredito que em alguns momentos a gente considera que eles são muitos especiais, e aí queria dizer que, hoje, este é um momento em que vale a pena ser presidente”, disse Dilma provocando aplausos de pé da plateia. Em seguida, usou um lenço para enxugar as lágrimas.

“Obviamente é um momento de emoção. Estamos aqui hoje para celebrar a coragem de viver sem limites e com autonomia em um de seus aspectos mais importantes, a capacidade que nós seres humanos temos de nos transformar, de nos superar. A incrível força que há nas pessoas para vencer desafios e superar limites”, disse.

O início do discurso da presidente foi interrompido ainda por uma mulher da plateia, que levantou-se para pedir “atenção especial” do governo às pessoas com autismo. “Sou mãe de uma criança autista. Pelo amor de Deus, só nós sabemos o quanto é difícil”, disse a mulher.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário – cuja pasta coordena o plano – disse durante o lançamento que “a inspiração e o comando [do programa] nasceram da própria presidenta Dilma” e lembrou que outros 15 órgãos do governo estão envolvidos na gestão das diversas ações previstas.Estavam presentes à cerimônia de lançamento os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Fernando Haddad (Educação), Tereza Campelo (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento), além dos presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-SP) e José Sarney (PMDB-AP), respectivamente.

Maria do Rosário enfatizou que é dever do governo “retirar limites e barreiras” e promover a igualdade de oportunidade a pessoas com deficiência. Ela prometeu ainda que, até 2014, “todos as crianças e adolescentes com deficiência estarão na escola”.

“Vamos otimizar recursos, buscar resultados e assegurar o que é o nosso objetivo nesse plano: uma vida melhor para as pessoas com deficiências, percebidos como pessoas plenas no contexto de suas famílias e da sociedade brasileira”, afirmou.

Viver sem Limite

Do total de R$ 7.6 bilhões, R$ 1,8 bilhão serão aplicados em educação, com transporte escolar acessível, adaptação de acesso a escolas públicas e universidade, construção de salas com recursos multifuncionais, além da oferta de até 150 mil vagas para pessoas com deficiência em cursos federais de formação profissional e tecnológica.

Já na saúde, há previsão de R$ 1,4 bilhão para ações de prevenção às deficiências, maior acompanhamento dos exames no Teste do Pezinho, fortalecimento dos serviços de reabilitação, atendimento odontológico, maior acesso a órtese e prótese, além de reforço de ações clínicas e terapêuticas.

Na área social, serão dispobilizados R$ 72,2 milhões para implantação de Centros de Referência, voltados para o atendimento a pessoas com deficiência em situação de risco, como extrema pobreza, abandono e isolamento social.

Junto com estados e municípios, o governo quer ainda prevê aplicar R$ 4,1 bilhões em acessibilidade. Uma das ações nesse sentido é a possibilidade de todas as 1,2 milhão de residências do Minha Casa, Minha Vida 2 serem adaptadas para pessoas com necessidades especiais.

O plano prevê também a criação de 5 centros de ensino técnico para formação de treinadores de cães-guia. Obras de mobilidade urbana para a Copa também deverão obedecer critérios de acessibilidade.

Segundo dados obtidos pelo governo com o Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia (IBGE) no Censo de 2010, 23,91% da população brasileira (cerca de 45,6 milhões de pessoas) possuem algum tipo de deficiência. A SDH diz que o plano busca “promover a cidadania e fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade”.