NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

PAULA LEITE EDITORA-ASSISTENTE DE “MERCADO”
O assunto é complexo e não há consenso entre os acadêmicos, mas estudos indicam que as diferenças salariais entre homens e mulheres não são só resultado de discriminação direta.
 
Ou seja, normalmente o chefe não pensa: “É mulher, então vou pagar menos”.
 
Desde os anos 1970 acadêmicos nos EUA procuram medir diferenças salariais entre os gêneros. Tentam quantificar que parcela da diferença pode ser atribuída a características dos trabalhadores, como idade, educação, profissão, experiência e horas trabalhadas, entre outras.
 
As mulheres tendem a ter experiência menor que a de homens da mesma idade e tendem a trabalhar menos horas por semana, por exemplo, devido aos filhos.
 
A diferença que sobra, que não pode ser atribuída a esses fatores, seria a discriminação “pura”. O método não é perfeito, mas aponta resultados interessantes.
 
Em 2001, nos EUA, as mulheres ganhavam em média 20% menos que os homens, segundo estudo de June O’Neill de 2003. Mas, quando são levadas em conta as características dos trabalhadores, a diferença cai para 10%.
 
A discussão, então, torna-se por que as trabalhadoras têm características diferentes das dos homens. Alguns argumentam que os resultados citados não provam que não há discriminação, só que ela age indiretamente -fazendo com que mulheres tenham características menos desejáveis e, assim, salário menor.