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Concentração, organização e equilíbrio são adjetivos que beneficiam as mulheres quando o assunto é investimento. Prova disso é que a cada ano elas têm garantido maior participação na Bolsa de Valores e, atualmente, correspondem a 25% dos investidores em todo o Brasil. Hoje são 144.037 mulheres com aplicações na Bolsa ante as 15 mil de 2002. A exemplo do País, o número de investidoras no Paraná também aumentou: de 2009 a 2011 o crescimento foi de 4,7%, saltando de 6.930 para 7.257. Os dados são da BMF&Bovespa.

De acordo com a consultora Tércia Rocha, da BMF&Bovespa, vários aspectos influenciaram a participação do sexo feminino nestes investimentos na última década. O primeiro deles é a inserção da mulher no mercado de trabalho. ”Hoje elas ocupam 49% dos postos do País e, com a receita que esse público passou a ter, tornou-se possível comprar ações”, aponta.

Conviver melhor com prazos mais longos, ao contrário dos homens, é outro ponto que favorece a inserção delas em negócios de renda variável. ”A maternidade é uma situação que propicia esta diferença”, afirma a consultora. Além disso, a independência financeira que as mulheres conquistaram nos últimos anos, mesmo sendo casadas, tem grande influência no acréscimo de participação do sexo feminino na Bolsa de Valores. Tércia elenca ainda que, por estudarem mais que os homens, elas estão mais propensas a fazer investimentos que demandam maior atenção.

A consultora considera que se a economia permanecer favorável, a tendência é de que o número de investidoras aumente nos próximos anos. ”Bolsa e economia andam de mãos dadas. Quanto mais desenvolvida é a economia, maior a oportunidade para aplicações”, relata.

A assessora de investimentos da O2 Investimentos, de Londrina, Viviane Veiga, considera que ainda há muito espaço para ambos os sexos aplicarem em Bolsa de Valores no País. Segundo ela, o Brasil está cerca de 25 anos atrasado em relação aos Estados Unidos sobre a maneira de investir. ”A cultura do brasileiro é de poupança, Certificado de Depósito Bancário (CDB) e, no máximo, previdência privada porque desconhece que há outros meios que podem trazer mais lucro, de acordo com o perfil de cada um”, justifica.

O sócio-proprietário da O2, Rodrigo Milanez, relata que a Bolsa de Valores começou a ser mais divulgada na crise de 2008 porque muita gente perdeu dinheiro e, com isso, as ações ficaram mais baratas, o que atraiu mais investidores. ”É um raciocínio correto, mas sem estratégia de mercado porque para começar a aplicar na Bolsa é necessário ter educação financeira”, pondera.

Ele avalia que devido ao boom de crescimento da economia do País, muitos passaram a acumular riquezas e, agora, vão investir em renda variável ”porque os juros da renda fixa estão baixos”. ”Motivados principalmente pela Copa do Mundo e Olimpíadas, acreditamos que em 2013 haverá prosperidade no setor”, prevê.

Viviane completa que para o mercado de ações crescer ainda mais é necessário desmistificar a ideia que a maioria das pessoas tem sobre este tipo de aplicação. ”Muitos têm uma visão ruim, acham que é um jogo, um risco, mas na verdade, estatisticamente, é o melhor investimento”, diz. ”O problema é que as pessoas entram de forma errada na Bolsa, querem ganhar dinheiro da noite para o dia e ela funciona a longo prazo”, completa.

Serviço

Palestra gratuita ”Bolsa para elas”, realizada pela O2 Investimentos na hoje, às 19 horas, inscrições: (43) 3024-5252 (43) 3024-5252 . Informações sobre Bolsa de Valores em bmfbovespa.com.br/mulheres.