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A campanha eleitoral deste ano deveria se concentrar mais nos debates políticos. Esta é a opinião da maioria dos eleitores (55%), segundo pesquisa do DataSenado, que apontou preocupação do eleitor brasileiro em conhecer melhor o pensamento e as propostas dos candidatos.

Comícios e passeatas, antes tão populares, perderam prestígio na opinião da população – apenas 15% dos entrevistados afirmaram que os candidatos deveriam focar suas campanhas nessas atividades.

O levantamento do DataSenado também mostrou que o resultado das pesquisas eleitorais não é um fator decisivo para a maior parte da população na hora de decidir seu voto. Para 59% dos entrevistados, as pesquisas de intenção de voto não influenciam a escolha do candidato, opinião ainda mais representativa entre eleitores com grau de escolaridade mais alto, chegando a ser manifestada por 77% das pessoas com nível superior.

Uso da internet

Ao contrário do que preconizaram os analistas políticos, a internet não tem representado grande diferencial na campanha deste ano. Apenas 15% dos eleitores apontaram a rede como principal fonte de informação sobre os candidatos. Esse índice sobe para 32% quando se trata de eleitores com idades entre 16 a 19 anos, e cai à medida que aumenta a idade do respondente.

Esse reduzido uso da internet como principal fonte de informação sobre as eleições contrasta com a percepção dos entrevistados sobre a importância da rede: para 76% dos ouvidos, sua importância será maior neste pleito do que no de 2006.

Quando se leva em conta o conjunto dos entrevistados, o meio de comunicação mais usado para buscar informações sobre os candidatos é a televisão, com 48% das preferências, seguida pelas conversas com parentes e amigos (18%). A internet e os jornais e as revistas foram apontados por 15% dos eleitores, enquanto rádio ficou com 4%. As conversas com pessoas próximas são mais relevantes entre os analfabetos (38%), os jovens (32%) e para residentes em cidades do interior (20%).

Voto no candidato

A pesquisa do DataSenado revelou também que, na hora do voto, o importante é o próprio candidato e não seu partido político. Para 85% dos eleitores, a escolha política não considera o partido ao qual o candidato está filiado, e sim as características pessoais de cada candidato. Essa tendência indica a dificuldade, por parte da população, de reconhecer diferenças programáticas significativas entre as agremiações.

O levantamento do DataSenado ouviu 1.315 cidadãos maiores de 16 anos, com acesso a telefone fixo, em 119 municípios de todas as regiões, incluindo todas as capitais, entre os dias 12 e 24 de agosto de 2010. A margem de erro da pesquisa é de 3% e o nível de confiança è de 95%.Da Redação / Agência Senado