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A Alemanha e a França estão prontas para propor novas medidas para reativar o crescimento econômico e reduzir o desemprego entre os jovens, inclusive uma ação para aumentar a mobilidade de trabalho nas fronteiras, para complementar a disciplina orçamentária e para reduzir a dívida na zona do euro. A iniciativa estará na agenda da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que se reúnem hoje em Berlim.
 
— É preciso dar a nossos povos e ao mercado a mensagem de que a política europeia para a crise não é apenas reduzir o déficit, mas também promover o crescimento e criar empregos — disse ao jornal britânico “Financial Times” uma fonte alemã.
 
Com o desemprego crescendo na França — em contraste com a Alemanha — e com a estagnação econômica, crescimento e geração de emprego se tornaram prioridades de Sarkozy, que em maio enfrenta as urnas.
 
Já Merkel, que, segundo o “FT”, sempre se concentrou em tentar resolver a crise, parece estar convencida de que é preciso agir mais em prol do crescimento. A Alemanha, porém, insiste que a resposta não está em pacotes de estímulo, que gerariam mais dívidas ao setor público, mas em reformas estruturais e numa revisão dos gastos governamentais.
 
Merkel e Sarkozy devem assinar uma série de propostas conjuntas, que depois serão submetidas aos outros 15 países da zona do euro. Não deve haver, porém, um anúncio formal dessa iniciativa hoje, segundo o “FT”.
 
Uma das propostas é facilitar a mobilidade de trabalhadores de um país para outro, voltada principalmente para a população mais nova. A Espanha, por exemplo, tem uma taxa de cerca 40% de desemprego entre os jovens. Já a taxa alemã está em queda e há falta de trabalhadores altamente qualificados. 
 
Reino Unido pode dar mais dinheiro ao FMI

 

Os líderes de Alemanha e França, diz o “FT”, também devem defender uma disciplina orçamentária mais rígida na zona do euro. Eles também devem discutir como acelerar a aplicação do Mecanismo de Estabilidade Europeia, o fundo permanente de resgate de 500 bilhões que substituirá o temporário Fundo Financeiro de Estabilidade Europeia, de 440 bilhões.
 
Já o Reino Unido, segundo o “FT”, pode aumentar sua contribuição ao Fundo Monetário Internacional (FMI), caso países como Brasil e Japão decidam fazê-lo. Por isso, o premier David Cameron já estaria buscando o apoio de 30 parlamentares de seu partido para elevar o montante de 10 bilhões de libras ( 12,15 bilhões) que o país já se comprometeu a dar ao Fundo.
 
A zona do euro pressiona o Reino Unido a elevar para 30 bilhões sua parcela de contribuição ao FMI. A zona do euro já se comprometeu a dar 150 bilhões ao órgão, para elevar seus recursos de resgate. A medida, se confirmada, será elogiada por Alemanha e França.
 
A Itália planeja liberalizar gradualmente setores que vão de energia a serviços profissionais como estratégia para reanimar a economia, disse ontem o ministro da Indústria, às vésperas de reuniões com parceiros europeus para discutir formas de sair da crise da dívida.
 
Já o governo belga anunciou que cortará em mais de 1 bilhão o orçamento previsto para este ano, respondendo a exigências da Comissão Europeia.