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O diretor de regulação do sistema financeiro do Banco Central, Luiz Awazu, reconheceu, junto com outros economistas, que o País ainda carece de alguns dados sobre o novo acesso de muitos brasileiros aos serviços bancários, especificamente na chamada “nova classe média”. “Faltam alguns dados para se trabalhar com controles mais robustos sobre a sustentabilidade desse processo”, disse, ao comentar o grande aumento do acesso ao crédito dessas famílias.

Em painel sobre “Mapeamento da demanda por inclusão financeira no Brasil”, no III Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, Awazu afirmou que o Brasil viveu “uma série de transformações estruturais” nos últimos anos no tema financeiro e que, por isso, novos controles são necessários. A afirmação de Awazu foi feita após o debate entre vários economistas que pontuaram os desafios do maior acesso aos serviços bancários entre as famílias de menor renda.

À mesa estavam o secretário de Ações Estratégicas da presidência da República, Ricardo Paes de Barros; o professor da PUC Rio, Juliano Assunção; o economista-chefe do centro de políticas sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri; e o sócio-diretor do Instituto DataPopular, Renato Meirelles. Entre os debatedores, um dos principais pontos coincidentes é o de que o Brasil precisa de mais informação para entender a chegada desses novos clientes às instituições financeiras.

Paes de Barros, da Presidência da República, ressaltou que o mercado de crédito ainda é novo no Brasil. “Há um volume de assimetria de informação gigantesco. O que precisamos agora é aproveitar muito bem a racionalidade para termos o máximo de informação possível para todos que tomam decisão”, disse.

Na mesma linha, o professor da PUC, Juliano Assunção, afirmou que bancos precisam ter cuidado com a avaliação de risco. “As pessoas também precisam ter cuidado com um evento excesso de otimismo”, disse. “Nesse sentido, de entender melhor o que está acontecendo, uma instituição absolutamente crucial é o IBGE”.