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POLÍTICAS DE COMBATE
 
O coordenador da Conatrae (Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo), da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, José Guerra, destacou nesta terça-feira (13/12) a importância do levantamento sobre os números do trabalho escravo no Brasil para avaliar o resultado das políticas de combate ao problema.
Segundo Guerra, o que houve foi aumento na estrutura estatal para fiscalização do trabalho escravo, o que levou ao crescimento do número de denúncias. “Até outubro, foi registrado o mesmo número de casos de todo o ano de 2010. Não se pode falar que houve crescimento, mas, sim, aumento no registro de denúncias”, disse ele.No entanto, Guerra não concorda com a avaliação da CPT (Comissão Pastoral da Terra) de que cresceu o número de casos de trabalho escravo no país. O relatório Conflitos no Campo Brasil 2011 foi divulgado na segunda-feira (12/13) pela CPT e traz dados referentes ao período de janeiro a setembro deste ano.
Guerra destacou que, desde o lançamento do Segundo Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, em 2008, aumentou o reforço na prevenção de casos de trabalho escravo no Brasil. Sobre os estados do Pará e de Mato Grosso do Sul e Goiás, citados no relatório como os que detêm os maiores índices de trabalho escravo no país, José Guerra enfatizou que o número de operações de combate ao problema cresceu devido à grande demanda de denúncias. “Há maior registro de denúncias e, por isso, mais operações.”
Conforme as denúncias da Comissão Pastoral da Terra, em Mato Grosso do Sul, há 1.322 trabalhadores submetidos ao regime de trabalho escravo, em Goiás segue, 483 e, no Pará, 380. A Região Centro-Oeste concentra o maior número de trabalhadores em situação análoga à escravidão: 1.914. Porém, a Região Nordeste é que teve o maior índice proporcional, com crescimento de 84% no registro de denúncias.