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Apenas os trabalhadores das regiões de Londrina e Pato Branco decidiram manter paralisação; Umuarama tem assembleia hoje

Depois da apresentação da nova proposta do patronal no fim da manhã de ontem, os vigilantes de Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Cascavel aceitaram a negociação com a classe patronal; em algumas cidades, eles retomaram o trabalho ainda ontem. Em Londrina e Pato Bran­co, a greve continua por tempo indeterminado, e em Umuarama ocorre assembleia hoje.

A proposta dos patrões apresentada pela manhã oferecia 7% de aumento salarial, cerca de 12% de adicional de risco de vida e R$ 13 para o vale-refeição. O patronal ainda propôs pagamento à categoria pelos dias de paralisação e 60 dias de estabilidade no emprego. Membros do Sindicato dos Empre­gos de Empresas de Segurança e Vigi­­lância do Paraná (Sindesv) aceitaram a proposta por unanimidade.

De acordo com o presidente do Sindesv na região de Maringá, José Maria da Silva, a proposta aceita representa um aumento de cerca de 12% nos rendimentos dos vigilantes. “Nós queríamos um reajuste de 14%, mas a proposta foi avaliada como boa e os vigilantes estão retornando aos bancos”, afirmou.

Em Maringá e Ponta Grossa, algumas agências bancárias voltaram a atender normalmente ainda durante a tarde de ontem. Já em Foz do Iguaçu, o atendimento será retomado na segunda-feira. “Em algumas agências que exigem a presença dos vigilantes durante o fim de semana, os seguranças retornam ao trabalho no sábado”, explicou Carlos Alberto Ramos, presidente do Sindesv de Foz.

Londrina

Em Londrina, os cerca de 800 vigilantes que aderiram à greve da categoria votaram contra a proposta dos patrões, mantendo a paralisação por tempo indeterminado. A oferta dos patrões não teria agradado os profissionais, que reivindicam aumento de ganho real de 5% para o salário-base de R$ 996, vale-refeição de R$ 330 e 15% de adicional de risco de vida.

Na cidade, os clientes já começaram a encontrar dificuldades para realizar saques nos terminais de autoatendimento. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes do município, Orlando Luiz de Freitas, como todos os profissionais aderiram ao movimento, não é possível fazer o reabastecimento das máquinas.

Ele ainda informou que a situação poderá se agravar no fim de semana, quando muitas lotéricas e correspondentes bancários não atendem. “Algumas agências já registraram falta de dinheiro nos caixas eletrônicos. Como não houve nenhuma proposta [da classe patronal], vamos continuar parados”, disse.

Fim das férias frustradas

Espaços culturais reabrem ainda hoje

Com a decisão do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região de encerrar a greve, as agências bancárias só voltam a abrir na segunda-feira, mas espaços culturais da capital, como museus e a Biblioteca Pública, já retomam o atendimento normal ao público a partir de hoje.

Segundo a Secretaria de Estado da Cultura, seis locais que ficaram com as portas fechadas por falta de segurança reabrem hoje: os museus Oscar Niemeyer, Paranaense, Alfredo Andersen, de Arte Contemporânea, do Expedicionário e a Casa João Turin. Durante a greve, a Biblioteca Pública do Paraná estava fazendo apenas devolução e renovação de livros das 8h30 às 20 horas, além de fazer e renovar carteirinhas e agendar consulta ao acervo de microfilmes.

Fábio Pupo e Eloá Cruz, especial para a Gazeta do Povo

Fonte: Gazeta do Povo