NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

DE SÃO PAULO

Os salários têm subido com força mesmo na indústria, cuja produção vem recuando nos últimos meses. Segundo o levantamento do Bradesco, que abrange 90 empresas do setor, o ganho real na indústria ficou em média em 3,8% no primeiro bimestre.

Isso ocorre por causa da baixa taxa de desemprego, explica José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus.
 
Como a oferta de mão de obra segue apertada, diz, a indústria concede reajustes altos para não perder o funcionário para concorrentes.

O problema, observa ele, é que a combinação de aumentos salariais elevados e produção cadente significa produtos mais caros e menos competitivos frente aos importados.

“O encarecimento da mão de obra é um fator importante que vai atrapalhar o crescimento da indústria, limitando a expansão do país a cerca de 4% nos próximos anos”, acredita Camargo.

Cálculos do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) mostram que a produtividade (ou seja, quanto é produzido por hora trabalhada) recuou 0,2% na indústria em 2011. Foi o segundo pior desempenho em dez anos. (MS)