Nesta segunda-feira (6) à tarde, a assembleia dos metalúrgicos da Volkswagen no Paraná recebeu um reforço extra de sindicalistas de todo País. Uma delegação formada por dirigentes metalúrgicos, principalmente de quem tem a Volks em sua base, foram até a porta da fábrica paranaense levar solidariedade aos trabalhadores em greve há mais de um mês.
Entre os confirmados foram Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente da Força Sindical; Sérgio Nobre, sindicalista da CUT e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Região; e Luiz Carlos Prates (Mancha), de São José dos Campos.
A presença maciça das lideranças metalúrgicas, além da solidariedade aos grevistas, visa mostrar que a luta do Paraná também é a luta das demais bases sindicais.
A greve foi motivada pela recusa da empresa em aumentar sua proposta de PLR – Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Há uma enorme distância entre o que a empresa propõe e os trabalhadores reivindicam. A Volks lidera o ranking das montadoras no Brasil.
De acordo com o Boletim da Agência Sindical, a empresa “já ganhou tanto dinheiro em nosso país que pode pagar PLR de R$ 50 mil a cada funcionário que estará apenas devolvendo parte do que já levou embora (remessas de lucros, juros extorsivos etc.)”.
No trigésimo dia de greve, a fábrica paranaense (com 3.100 empregados) havia deixado de produzir 17.820 unidades, acumulando prejuízo de R$ 713 milhões. (Fonte: Agência Sindical)