Ao ser questionado sobre o motivo de reuniões políticas com o partido durante viagens oficiais, o ministro Carlos Lupi respondeu que continua exercendo “funções de militante” do PDT.
“Não tenho uma função mais importante do que outra, mas tenho capacidade de atuar nestas funções por completo”, escreveu Lupi, em resposta ao Estado. “Sempre tomo cuidado de manter essas reuniões após o horário de expediente, para evitar o conflito de interesses entre a figura política que sou com a de ministro de Estado.”
De acordo com a agenda do ministro, Lupi participou na noite de 15 de julho de encontros com a direção estadual do PDT na capital do Maranhão, São Luís, e de uma solenidade de novas filiações na juventude do partido. Durante o dia, ele visitou postos do Sistema Nacional de Empregos (Sine), a governadora Roseana Sarney (PMDB) e o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves.
Reservadamente, Lupi confidencia que não continuará no cargo após março, data prevista para a primeira reforma ministerial do governo Dilma Rousseff.
Sobre Marcelo Panella – “amigo há 25 anos e com quem compartilho total confiança” -, Lupi afirmou que “a saída dele do ministério foi feita a pedido, e por motivos familiares e pessoais”. Panella continua como tesoureiro do PDT e foi chefe de gabinete de Lupi.
O ministro expressou satisfação com os programas de qualificação realizados em parcerias com ONGs e sindicatos. “Os programas de qualificação (…) possuem uma cláusula que nos deixa muito à vontade: pelo menos 30% dos alunos precisam, obrigatoriamente, ter suas carteiras de trabalho assinadas no mercado de trabalho”, escreveu o ministro. “Por isso acredito que os programas são bem sucedidos.”