NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

O Programa que já beneficiou 12 milhões de pessoas desde 2003, quando foi criado, começa a ser levado a comunidades de mais difícil acesso. Para enfrentar o desafio, o governo lança mão de novas tecnologias e criatividade, como a utilização de postes de fibra de vidro, mais leves e fácil de ser transportados.
 
Transcrição

Apresentador: Olá, amigos. Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta! Tudo bem?
Presidenta: Tudo bem, Luciano. E um bom-dia aos nossos ouvintes.
 
Apresentador: Hoje vamos falar de energia elétrica. O Brasil está conseguindo realizar o sonho de levar a energia a todos os lugares do país, presidenta?
 
Presidenta: Olha, Luciano, está sim. Estamos conseguindo levar luz elétrica a todos os cantos do país com o programa Luz para Todos, que já mudou a vida de muita gente, Luciano. Só no ano passado, o Luz para Todos levou energia elétrica a mais 253 mil famílias que vivem no campo, em assentamentos da reforma agrária, em aldeias indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhas, além dos pequenos produtores rurais. Isso, Luciano, chega a quase 1 milhão de pessoas que saíram da escuridão.
 
Apresentador: É, presidenta, para quem mora nas cidades e está acostumado ao conforto da energia elétrica, é difícil imaginar como é viver sem luz.
 
Presidenta: É mesmo, Luciano. Muita gente vivia sem energia, sem luz elétrica no Brasil até criarmos o Luz para Todos, no final de 2003. De lá para cá, o programa beneficiou quase 12 milhões de pessoas até agora. Já fizemos muito, mas agora ainda temos um desafio grande, que é o de levar energia elétrica, luz elétrica para as pessoas que moram em lugares de acesso mais difícil, em áreas isoladas, no meio da floresta e em serras e ilhas. Para atender a esses brasileiros, Luciano, o Luz para Todos vai fazer mais 400 mil novas ligações de luz elétrica até 2014.
 
Apresentador: É muito mais difícil levar energia elétrica a áreas isoladas, não é mesmo?
 
Presidenta É verdade, Luciano. Mas nós vamos enfrentar e vencer mais esse desafio, que muitas vezes requer um grande esforço e ações mais complicadas. Vou te dar um exemplo do que aconteceu na Serra do Cafundó, lá no Ceará, onde vivem 30 famílias. Para levar até lá os postes de energia e os transformadores foi preciso usar, Luciano, até um helicóptero, porque não havia estradas para transportá-los. Os fios que formam a rede de distribuição de energia foram carregados em jegues pela serra afora. Mas todo esse esforço valeu muito a pena, pois conseguimos ligar a energia na Serra do Cafundó, lá agora tem luz elétrica desde o Natal do ano passado. Eu vou te dar outro exemplo disto: um poste comum, feito de concreto, pode pesar mais de mil quilos, você pode imaginar a dificuldade que é transportar esses postes pelas florestas ou pelos rios. Por isso, para esses lugares, passamos a usar um outro tipo de poste, feito de fibra de vidro, que pesa bem menos, uns 110kg. Esse poste, Luciano, bóia no rio e pode ser transportado com muito mais facilidade até por canoas. Para muita gente, Luciano, ter luz elétrica em casa era um sonho. No governo Lula nós resolvemos mudar essa situação de atraso e de abandono do povo brasileiro, porque sempre estivemos convencidos que luz elétrica é um direito de cada brasileiro, de cada família brasileira. E eu tenho o desafio agora de concluir esse trabalho, que, aliás, Luciano, eu ajudei o presidente Lula começar porque eu fui a ministra de Minas e Energia quando iniciou o trabalho. Agora o ministro de Minas e Energia é o ministro Lobão. Com a luz elétrica nós sabemos, a vida de todo mundo fica muito fácil. É possível, por exemplo, a pessoa ter uma geladeira em casa, o que é que ajuda a conservar os alimentos, as pessoas passam a ter acesso também à televisão, ao ferro elétrico, a outros eletrodomésticos e também, Luciano, essas pessoas podem ter uma bomba d’água para evitar que a mulher carregue água para casa. O hábito de estudar à noite, por exemplo, Luciano, só pode ter quem tem luz.
 
Apresentador: Então, presidenta, um programa como esse acaba impulsionando a economia.
 
Presidenta: Impulsiona a economia sim, Luciano. Mas, principalmente, muda a vida das pessoas e das comunidades, cria, para elas, novas oportunidades. Vou lembrar uma outra história, a do pescador Raimundo Nonato da Silva e de outras 572 famílias que vivem nas ilhas de Tabatinga, Sirituba e Capopema do Meio, no Pará. As ilhas ficam em um desses lugares de que lhe falei, bem isolado, onde há uma colônia de pescadores. Sr. Raimundo Nonato, que tem 72 anos, passou grande parte da vida sonhando com o dia da chegada da luz elétrica. Esse dia demorou, mas chegou, em novembro do ano passado, quando ele viu três torres de 45m de altura serem erguidas em cada uma das ilhas. Os cabos passam pelas torres, por cima do Rio Maratauíra e levam, até lá, energia do continente. Essa história, Luciano, nos mostra que o Luz para Todos é um dos caminhos para melhorar a qualidade de vida, garantir cidadania, dar oportunidades de crescimento a todos os brasileiros.
 
Apresentador: Presidenta, infelizmente nós chegamos ao fim do programa de hoje. Obrigado por mais esse Café.
 
Presidenta: Eu é que te agradeço, Luciano. Tenha um bom retorno, que você está voltando hoje. E uma boa semana para todos!
 
Apresentador: Muito obrigado, presidenta. E você que nos ouve pode acessar este programa na internet, pelo www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira, até lá!