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Mesmo com o aumento da bancarização e da formalização da economia, mais da metade da população brasileira ainda recebe o salário mensal em dinheiro vivo (55%). O papel moeda também ainda é, de longe, o principal meio de pagamento, respondendo por 72% das transações no país.

Os números foram divulgados pelo Banco Central (BC) por meio da pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, concluída no primeiro semestre do ano passado e conduzida pelo Instituto Zaytec do Brasil, sob encomenda do BC. O levantamento foi feito junto a 1.044 pessoas, em capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes, entre janeiro e fevereiro do ano passado.

Os dados mostram que a economia brasileira é ainda muito dependente do dinheiro, mas os outros meio de pagamento começam a ganhar espaço. Os cartões de crédito, por exemplo, pularam de 8% de participação nas compras para 13% no últimos três anos – pesquisa anterior foi realizada em 2007. O cartões de débito também avançaram, dos mesmos 8% para 14% do total.

Além disso, cerca de um terço dos entrevistados da pesquisa se disseram usuários dos plásticos como meio de pagamento. No levantamento anterior, esse percentual estava na casa dos 25%.

Outro dado revelador da ampliação do uso dos bancos pela população é que 51% das pessoas possuem conta corrente, contra 39% do estudo realizado há três anos. O brasileiro carrega, em média, R$ 20 no bolso, dado praticamente estável. Já as despesas mensais, em média, cresceram 40% no período, de R$ 577 para R$ 808.

Mas as empresas parecem não se preocupar muito com a bancarização: 55% dos entrevistados revelaram receber o pagamento em dinheiro, mesmo percentual da pesquisa de três anos atrás. Os pagamentos em depósito em conta corrente aumentaram ligeiramente, de 34% para 39%. As remunerações pagas em cheques caíram de 3% para 2% do total.

A pesquisa revela ainda uma maior preocupação com a falsificação das notas. A frequência de verificação da autenticidade do dinheiro passou de 51% para 61%. O principal instrumento analisado é a marca d”água (41%). Metade dos entrevistados disse que devolveria a nota falsa, caso recebesse, para a pessoa ou empresa que a passou; 15% disseram que jogariam fora; enquanto outros 10% tentariam passar o dinheiro para frente.

Valor Econômico