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Moradias estão incluídas na chamada “faixa um”, viabilizadas 100% com dinheiro público
 Cerca de 40% de um total de 495 mil moradias da chamada “faixa um” do Minha Casa, Minha Vida – empreendimentos viabilizados 100% com recursos públicos – deverão ser entregues em 2012 segundo estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Os empreendimentos são contratos remanescentes da primeira fase do Minha Casa, Minha Vida, encerrada em dezembro de 2010, mas que ainda não foram finalizados.
 Os atrasos, no entanto, podem comprometer o andamento dos contratos na segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, cujas regras foram divulgadas no final de outubro. Segundo o economista Luis Fernando Melo, do Cbic, houve uma demora muito grande para o anúncio das novas regras do programa e muitas empresas que já estão entregando obra enfrentam dificuldades de se encaixar em um novo projeto.

 “O risco é ver empresas que entregaram projetos na fase um acabarem sem um novo projeto para continuar trabalhando”, diz.
 A saída do programa representaria prejuízo para as companhias. “As empresas mobilizaram capital para atuar no programa e contrataram mais mão de obra diante da expectativa de sua continuidade”, explica.
 “O governo tem que tomar cuidado para manter as empresas que já atuaram na primeira fase no programa”, acrescenta o economista.
 O desafio será incorporar na fase dois os projetos já inscritos na fase um, mas que não foram avaliados a tempo pela Caixa Econômica Federal.
 Segundo dados da Cbic, cerca de 200 mil projetos de unidades de imóveis estão dentro da Caixa para fazer parte de um período de transição entre as duas etapas do programa.
 Luis Fernando afirma que há uma expectativa de continuidade para os projetos.
 “Os projetos que já estavam inscritos na fase um deverão permanecer para a segunda incorporando as alterações definidas pelo governo”, afirma.
 Há ainda a possibilidade de projetos inscritos tardiamente, em janeiro e fevereiro deste ano, período em que a fase dois ainda não havia sido lançada, também serem incluídos.
 Cidades
 O programa de subsídios à construção de casas, gerido por meio do Ministério das Cidades, ganhou expressividade alta dentro do governo.
 O orçamento da pasta em 2012 será maior do que o do Ministério dos Transportes, tradicionalmente líder na destinação de recursos orçamentários.
 No projeto de lei orçamentária em tramitação no Congresso, Transportes conta com verba de R$ 15,9 bilhões, menor do que Cidades que se aproxima dos R$ 17 bilhões.
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 “O risco é ver empresas que entregaram projetos na primeira fase acabarem sem novo projeto para seguir trabalhando
 Luis Fernando Melo