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Preso desde ontem, o empresário Nenê Constantino, 79, um dos fundadores da companhia aérea Gol, foi transferido na tarde desta quinta-feira para o Hospital do Coração, em Brasília, para fazer exames médicos. Ele é acusado de encomendar a morte de um homem e de tentar matar o próprio genro.

A defesa do empresário conseguiu que ele fosse submetido a uma avaliação médica. Se sua saúde for considerada boa, ele voltará para a Penitenciária da Papuda, onde ficou por poucas horas antes de ser levado para o hospital.

No final da manhã, a Polícia Civil do Distrito Federal havia transferido Constantino para o CDP (Centro de Detenção Provisória), um dos complexos da Papuda, a maior penitenciária do DF.

O fundador da Gol passou a noite de ontem e parte da manhã desta quinta-feira preso numa delegacia da Polícia Civil localizada nos limites do parque Sarah Kubitscheck, na área central de Brasília. Nenê foi preso preventivamente num processo em que é acusado de tentar matar um genro, em 2008. Um ex-policial militar, apontado como o autor dos disparos, também está preso.

Segundo investigação da polícia, Eduardo Queiroz Alvez, genro de Constantino, não chegou a ser atingido no atentado que sofreu, em junho de 2008. Ele conseguiu escapar de quatro tiros. O crime, diz inquérito, foi encomendado pelo empresário Nenê Constantino.

Essa é a segunda prisão do fundador da Gol em menos de dois anos. No ano passado, ele já havia sido detido, em São Paulo, pela acusação de ter armado e ser o mandante do assassinato de um homem envolvido em brigas por terras em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. Esse crime ocorreu em 2001.

Marcelo Bessa, advogado de Nenê Constantino, disse que vai protocolar na Justiça um pedido de liberdade. A defesa vai evocar pelos menos dois argumentos: a elevada idade de Nenê e seu estado de saúde, considerado sensível.

Constantino nega as acusações.

Segunda maior companhia área do país, a Gol informou que, embora Nenê Constantino tenha participado do conselho que criou a empresa, ele está afastado de sua administração desde 2001.

Fonte: Folha de S. Paulo