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A ideia é melhorar a organização das instalações provisórias para reduzir o número de acidentes em obras

Nos últimos cinco anos, as construtoras do Ceará começaram a adotar um recurso para reduzir o número de acidentes nas obras. É o projeto do canteiro de obras, que organiza as instalações provisórias. “A indústria da construção civil é uma fábrica que vai embora e o produto fica”, afirma o vice-presidente da área de Tecnologia Eugênio Montenegro. “Uma mudança de filosofia na construção civil incorporou o projeto do canteiro de obras para evitar acidentes. Ele projeta a arquitetura, instalações e a movimentação de pessoas e materiais”.

Montenegro destaca que as normas de segurança do trabalho estão mais exigentes. “A construtora treina o pessoal, dedicando técnicos para providencias durante a obra. A melhoria reflete-se na mão de obra treinada e acompanhada”, afirma. “Além disso, novos exames médicos são requeridos pelo Ministério do Trabalho, como espirometria e raio-x na entrada e saída do funcionário”. Para ele, uma “nova forma de trabalhar” foi adotada por todas as empresas do setor no Estado. Em relação aos equipamentos, o vice-presidente cita a adoção do guincho de cremalheira no lugar do tradicional guincho de coluna e da balança elétrica em substituição a balança manual, que funciona como um elevador de obras para transporte de materiais e pessoas. “O guincho de cremalheira oferece uma frenagem mais eficiente e será adotado em todas as obras. Além disso, para se deslocar horizontalmente nas fachadas, em andaimes de 80 metros de altura, o operário vai ter mais segurança com a balança elétrica”.

A segurança da obra também passa pela obrigatoriedade de um profissional habilitado para se responsabilizar pelo projeto. Para fiscalizar a existência dos engenheiros, nas diversas atuações (civil, elétrico), o Crea-CE realiza vistorias diárias nas obras do Estado. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado, Antônio Salvador, diz que o profissional responsável qualificado pressupõe uma obra bem feita. “Na possibilidade de problemas, abre-se um processo para investigar o que aconteceu, apurar o procedimento do engenheiro, partindo dos princípios de imperícia ou má fé. Mas nem todo acidente depende do profissional”, afirma. O presidente eleito do Crea-CE, que toma posse dia 6 de janeiro, Victor Frota Pinto, diz que vai continuar o trabalho de interiorizar a fiscalização das obras. “Além de Fortaleza, temos oito inspetorias e queremos construir uma nova em Maracanaú. Toda a fiscalização da região metropolitana está concentrada nas equipes de Fortaleza”. Para ele, muitas obras clandestinas resultam em acidentes.