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Confrontos voltam a acontecer e ao menos quatro pessoas morrem no oeste e no sul do país

Após ganhar força com a libertação do ativista Wael Ghonim, que levou 250 mil pessoas à praça Tahrir, os protestos contra o presidente egípcio, Hosni Mubarak, se espalharam pelo Cairo e outras cidades do Egito. Trabalhadores de diversos setores entraram em greve. Confrontos voltaram a acontecer e ao menos quatro pessoas morreram no oeste e no sul do país.

No começo da manhã, após duas semanas concentrados na praça Tahrir, centenas de manifestantes egípcios tentam hoje bloquear os prédios do Parlamento. O complexo é protegido por tropas apoiadas por veículos blindados, mas não houve violência. Os manifestantes realizaram um bloqueio sentando-se no chão para impedir o acesso ao prédio.

Milhares de manifestantes voltaram a se reunir em Alexandria e na província do Novo Vale, no oeste do país, onde um manifestante morreu. Na região do Alto Nilo, no sul, três opositores morreram e 100 ficaram feridos desde terça.

As greves também estão afetando o país. Na mais significativa delas, 6 mil trabalhadores cruzaram os braços no canal de Suez, ramo crucial da economia egípcia. Na indústria têxtil, 2 mil operários entraram em greve em Suez e outros 1,5 mil em Mahalla, onde houve bloqueio de estradas.

Em Luxor, de onde partem os luxuosos cruzeiros pelo rio Nilo, centenas de funcionários da indústria de turismo protestaram por benefícios governamentais. Em Quesna, 2 mil operários da indústria farmacêutica pararam e 5 mil jovens desempregadas tentaram invadir um prédio público em Aswan, para pedir a renúncia do governador.

Fonte: O Estado de S. Paulo