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O salário médio de admissão do brasileiro teve um aumento real de 29,51% no período compreendido entre os anos de 2003 a 2010, segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego.

Se antes a média nacional de admissão encontrava-se em R$ 640,68, atualmente esse valor subiu para R$ 829,76. Os dados referentes ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram anunciados, na manhã desta terça-feira (19), pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

Esse comportamento favorável é resultado direto da elevação generalizada registrada por todos os estados, em especial de Rondônia (60,08%), Piauí (48,98%), Alagoas (45,60%) e Maranhão (43,68%). Embora menos expressivo, São Paulo (20, 42%) e Distrito Federal (13, 40%) também participaram do ganho real registrado pelo salário médio de admissão.

“O crescimento real do salário mínimo é o principal fator para o sucesso econômico do Brasil. O poder de compra do trabalhador faz manter aquecido o mercado interno; e foi o que livrou nosso país da crise econômica que afetou o mundo inteiro em 2009 e ainda causa problemas nos Estados Unidos e na Europa”, lembrou o ministro Carlos Lupi.

Em 2010, os salários médios de admissão cresceram 5,23% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 788,55, em 2009, para R$ 829,76 em 2010.

Gênero
No conjunto de todas as unidades da federação, os salários médios de admissão no período de 2003 a 2010 evidenciaram crescimento para ambos os gêneros. Conforme os dados do Caged houve um ganho real de 31,79% para os homens e de 25,84% para as mulheres.

“Este ano, o aumento real do salário médio de admissão entre homens ficou em 5,52%, frente o ganho de 4,64% alcançado entre mulheres. O salário entre as mulheres corresponde a 87,64% do salário entre homens”, chamou a atenção Lupi.

Os únicos estados do Brasil onde os salários médios reais de admissão das mulheres superam os dos homens são Sergipe (mulheres R$ 729,76, homens R$ 701,09) e Alagoas (mulheres R$ 654,86, homens R$ 637,48).

Grau de instrução
Comparando o período compreendido entre janeiro e setembro de 2009 e 2010, observa-se que os salários médios de admissão das mulheres passaram a ter maior representatividade nos níveis de escolaridade mais baixos.

Ou seja, quanto menor o grau de instrução, menor é a diferença salarial entre os sexos. Assim, as mulheres analfabetas recebem o equivalente a 93,18% do salário masculino, e as que possuem até o quinto ano completo do ensino fundamental têm 82,03% do salário de admissão dos homens com o mesmo nível de escolaridade.

Na educação superior completa, embora a mulher tenha obtido o maior percentual de ganho real dentre todos os níveis de escolaridade (6,36%) – o percentual masculino foi de 5,96% nesta faixa – ainda há grande diferença salarial entre os gêneros.

Basta observar que a relação do salário feminino está para 61,80% do valor entre homens com mesmo grau de instrução.

Apesar da diferença, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) evidenciaram que essa diferença está sendo diminuída, já que em 2009 a mulher recebia 61,57% do salário de admissão masculino.